Sábado – Pense por si

Como se vivia o dia-a-dia na véspera da democracia

Bruno Faria Lopes
Bruno Faria Lopes 17 de abril de 2024 às 23:00

Em 1974 Orlando foi para a guerra, Maria servia os irmãos na cama, Ana tratava mulheres que davam leite de vaca aos filhos, Joaquim regressou da guerra para o bairro clandestino – e António foi para a esquadra por beijar a namorada na boca.

Orlando César passou o dia da revolução no que então se chamava Vila Salazar, no norte de Angola. Como muitos outros jovens naquela altura, tentara empurrar com os estudos a sombra que pairava desde a adolescência. “Toda a minha juventude foi marcada pelo espetro da guerra”, lembra agora, com 74 anos. “No início da guerra em Angola, tinha eu 11 anos, diziam-me ‘tu não vais ter problemas porque a guerra já terminou quando for a tua idade’, mas não terminou”, diz.

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