Sábado – Pense por si

Como se vivia o dia-a-dia na véspera da democracia

Bruno Faria Lopes
Bruno Faria Lopes 17 de abril de 2024 às 23:00

Em 1974 Orlando foi para a guerra, Maria servia os irmãos na cama, Ana tratava mulheres que davam leite de vaca aos filhos, Joaquim regressou da guerra para o bairro clandestino – e António foi para a esquadra por beijar a namorada na boca.

Orlando César passou o dia da revolução no que então se chamava Vila Salazar, no norte de Angola. Como muitos outros jovens naquela altura, tentara empurrar com os estudos a sombra que pairava desde a adolescência. “Toda a minha juventude foi marcada pelo espetro da guerra”, lembra agora, com 74 anos. “No início da guerra em Angola, tinha eu 11 anos, diziam-me ‘tu não vais ter problemas porque a guerra já terminou quando for a tua idade’, mas não terminou”, diz.

Para continuar a ler
Já tem conta? Faça login

Assinatura Digital SÁBADO GRÁTIS
durante 2 anos, para jovens dos 15 aos 18 anos.

Saber Mais
GLOBAL E LOCAL

A Ucrânia somos nós (I)

É tempo de clarificação e de explicarmos às opiniões públicas europeias que sem Segurança não continuaremos a ter Liberdade. A violação do espaço aéreo polaco por parte da Rússia, com 19 drones, foi o episódio mais grave da história da NATO. Temos de parar de desvalorizar a ameaça russa. Temos de parar de fazer, mesmo que sem intenção, de idiotas úteis do Kremlin. Se não formos capazes de ajudar a Ucrânia a resistir, a passada imperial russa entrará pelo espaço NATO e UE dentro