A herdade do Vale da Rosa foi ocupada em 1976, levando a família Silvestre Ferreira para o Brasil. Quando a quinta foi restituída começou um regresso que levou à entrada das uvas sem grainha no país e a uma das raras marcas agrolimentares portuguesas, elogiada por políticos. Uma tempestade perfeita pô-la sob administração judicial - os Silvestre Ferreira, na terceira geração de gestores, tentam salvar o negócio. Há bons sinais.
No dia 19 de novembro de 1976, a herdade do Vale da Rosa, em Ferreira do Alentejo, foi ocupada. O lema das ocupações lideradas pelo Partido Comunista Português, "A terra a quem a trabalha", dificilmente se aplicava à propriedade António Silvestre Ferreira, que tinha a maior produção de uvas de mesa do país e uma das maiores vacarias. O "Mata-fome", como era conhecido Silvestre Ferreira na terra, exportava muita uva para fora – em 1972 mandou o seu filho António, com 24 anos e uma caixa de uvas na mão, a uma avaliação pelo grande distribuidor Marks&Spencer. Mais de meio século depois, a Vale da Rosa continua a vender uvas à cadeia britânica - o filho António, hoje com 76 anos e comendador, luta de novo pela sobrevivência financeira da Vale da Rosa, que desenvolveu a partir do legado do pai.
Vale da Rosa: a rainha das uvas (sem grainha) que tenta não cair do trono
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