Sábado – Pense por si

Como é a educação dos herdeiros das maiores fortunas do País

Ana Taborda
Ana Taborda 29 de novembro de 2017 às 16:28

Alexandre Soares dos Santos constituiu um fundo para financiar a educação dos netos, a nova geração dos Mello já se organizou numa comissão executiva com três membros. Na Santini, a ajuda começa cedo – Eduardo serviu gelados em cima de uma cadeira, para chegar aos clientes – e a Bial não aceita cônjuges na administração dos negócios

Podia ser um simples anúncio de emprego. Há idade mínima para concorrer: 27 anos; pede-se formação específica: o mínimo aceite é a licenciatura; e experiência profissional de pelo menos cinco anos. Também se aplicam critérios preferenciais: ter um MBA e trabalhar fora do País ajudam a conseguir uma vaga nas empresas do Grupo José de Mello. Só que estas regras não se aplicam a qualquer pessoa, foram feitas para profissionais muito específicos: os 114 membros da família, os 12 filhos do patriarca José Manuel de Mello, bisnetos do industrial Alfredo da Silva, e seus descendentes. Há cerca de um ano, foram postos à prova. "Tivemos dois pedidos de membros da nova geração para entrar no Grupo", adianta à SÁBADO Pedro de Mello, vice-presidente do Grupo com mais de 10 mil trabalhadores e accionista maioritário de empresas como a Brisa, CUF e José de Mello Saúde. Foram aprovados, mas não chegaram a entrar. "Não vieram por decisão dos próprios. Estavam os dois no estrangeiro e optaram por ficar lá fora mais tempo", acrescenta, explicando que a idade de entrada tem uma razão: "Com menos de 27 anos é difícil alguém reunir todas as competências para um cargo de direcção, o nível funcional mínimo em que os membros da família podem entrar no Grupo."

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