Sábado – Pense por si

"Não gostava de champanhe. Tive de me ir refinando"

Ana Taborda
Ana Taborda 28 de julho de 2019 às 14:30

Começou num escritório pequeno, com quatro pessoas e três marcas. Hoje, Caetano Beirão da Veiga gere 54 funcionários e a aguardente mais vendida em Portugal.

Estava num bar de Madrid com um amigo quando olhou para o lado e viu dezenas de copos largos e cheios de gelo nas mãos dos clientes. Já vendia bebidas há quatro anos – nunca fez mais nada na vida, aliás –, mas nunca tinha ouvido falar da moda que propagara uma misteriosa bebida transparente, às vezes colorida, pela capital espanhola. Foi por isso que, quando se dirigiu ao balcão, Caetano Beirão da Veiga, 35 anos, disse o que só a ele parecia fazer sentido: "Quero uma coisa daquelas." Sim, respondeu o empregado, "mas qual?" "Uma daquelas", insistiu enquanto o barman se virava e apontava para uma prateleira cheia de garrafas. "Em 2010, quando em Portugal ainda só se bebia Gordon’s [em copo estreito e com muito menos gelo], já tinham 20 marcas diferentes de gin." Bem, avançou, "dê-me uma qualquer". A partir daí o negócio da Empor Spirits, a maior distribuidora independente de bebidas em Portugal (quase todos os concorrentes têm as suas próprias marcas) nunca mais seria o mesmo.

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