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China noticia crescente anti-americanismo devido a guerra comercial

15 de agosto de 2018 às 11:06
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Jornal oficial de Pequim diz que começaram a surgir poesia e t-shirts com mensagens contra a guerra comercial que se desencadeou entre Pequim e Washington.

Um dos jornais oficiais chineses noticia o surgir de poesia e t-shirts com mensagens contra a guerra comercial que se desencadeou entre Pequim e Washington, numa tentativa de salientar o crescente anti-americanismo no país.

"Os entusiastas de poesia estão tão furiosos com as políticas agressivas dos EUA que, espontaneamente, resolveram escrever centenas de poemas cheios de patriotismo", escreve oGlobal Times, jornal de língua inglesa do grupo do Diário do Povo, o órgão central do Partido Comunista Chinês, esta quarta-feira.

Segundo o jornal, vários poetas chineses produziram versos a acusar o proteccionismo norte-americano de "hegemónico" e "imprudente", e a condenar as políticas "caprichosas" do Presidente norte-americano, Donald Trump.

"Depois de se ter tornado presidente, ficou velho e maluco / a Casa Branca observa o seu cabelo a ficar grisalho / 'deficits' comerciais e unilateralismo continuam / as palavras de Trump não são de fiar", lê-se num dos poemas "patrióticos" publicados pelo Global Times.

Num outro artigo, o jornal reporta a crescente comercialização, nas plataformas de comércio electrónico do país, de t-shirts com mensagens contra a guerra comercial.

"T-shirts com mensagens como 'Não à Guerra Comercial', 'Paz no Mundo' ou a parodiar Trump estão à venda (...) no Taobao", a principal plataforma de comércio electrónico do país, lê-se num artigo doGlobal Times.

Trump impôs já taxas alfandegárias de 25% sobre mais de 29 mil milhões de euros de importações oriundas da China, contra o que considera serem "tácticas predatórias" por parte de Pequim, que visam o desenvolvimento do seu sector tecnológico.

Esta semana, o líder norte-americano confirmou que vai impor taxas adicionais sobre o equivalente a mais 13,7 mil milhões de euros de bens chineses, a partir de 23 de Agosto.

Desde o início das disputas comerciais entre Pequim e Washington a moeda chinesa, o yuan, desvalorizou-se mais de 8%, enquanto a bolsa de Xangai, a principal praça financeira do país, caiu mais de 12%.

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