Tomás Correia saiu da liderança da Associação Mutualista no final do ano passado, depois de 16 anos na administração da instituição que gere as poupanças de cerca de 600 mil pessoas. Os seus mandatos, sobretudo a partir da intensificação da crise financeira, foram sendo marcados por diversas polémicas e encontros com a Justiça e os reguladores. Tomás Correia foi resistindo no cargo, ora refutando as acusações que lhe iam sendo feitas, ora dizendo que sairia apenas no caso de uma condenação transitada em julgado. No final do seu mandato, a Mutualista é uma instituição frágil, para a qual o apoio do Governo na última legislatura foi crucial. Abaixo está um breve resumo de alguns dos principais "pecados" da gestão de Tomás Correia, que voltou às manchetes dos jornais hoje após as buscas da PJ no contexto de uma investigação na qual é um dos alvos.
1. A OPA sobre o Finibanco
Um dos negócios mais bizarros na banca portuguesa, a compra do Finibanco pelo Montepio em 2010 foi um rombo para os associados da Mutualista Montepio, os donos do banco com o mesmo nome. O Montepio pagou 341 milhões de euros pelo Finibanco, um prémio superior a 30% face à última cotação do banco na bolsa.
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.