Tribunal de Contas aponta que Estado gastou, entre 2008 e 2019, uma média de 1.730 milhões de euros por ano em intervenções públicas no sistema financeiro. No ano passado, os resgates do Novo Banco e BPN custaram mais de 2,5 mil milhões de euros.
Os apoios do Estado à banca ascenderam a 20,8 mil milhões de euros entre 2008 e 2019 em termos líquidos, representando uma média de 1,73 mil milhões de euros por ano, avançou hoje o Tribunal de Contas (TdC).
"Desde 2008, as despesas líquidas com as intervenções públicas no sistema financeiro ascenderam a 20,8 mil ME [milhões de euros]", pode ler-se no parecer do TdC à Conta Geral do Estado de 2019.
Segundo o documento, este valor representa "uma média de 1.730 milhões de euros por ano".
Em causa estão apoios ao BES/Novo Banco no valor de 6.750 milhões de euros, ao BPN de 6.248 milhões de euros e à Caixa Geral de Depósitos (CGD) no montante de 5.509 milhões de euros.
O tribunal sublinha que em 2019, os apoios públicos ao sistema financeiro "continuaram a envolver despesas de valor significativo" no total de 2.556 milhões de euros "com operações no âmbito dos compromissos assumidos na alienação do Novo Banco (1.227 ME) e do processo de nacionalização e reprivatização do BPN (1.320 ME)".
Já os apoios públicos não reembolsáveis a entidades fora da administração pública (empresas e particulares) ascenderam a 2,8 mil milhões de euros, indica o organismo que fiscaliza as contas públicas.
Destes apoios a empresas e particulares, 71% são provenientes de fundos nacionais e 29% de financiamento comunitário, estando incluídos neste último caso os apoios ao setor agrícola e florestal e os concedidos no âmbito da Ciência, Tecnologia, Ensino Superior e Serviços de Apoio.
Por sua vez, a maior parcela dos apoios suportados por financiamento nacional e recursos próprios (2 mil ME) dirigiu-se a três áreas de intervenção: emprego, ciência e ensino superior e educação, e ambiente.
Apoios à banca custaram mais de 20 mil milhões de euros desde 2008
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