Sábado – Pense por si

A guerra entre marcas nos supermercados

Beatriz Ferreira , Joana Carvalho Fernandes 24 de setembro de 2016 às 07:31

Têm o rótulo, a embalagem e às vezes até o nome semelhante ao de um produto concorrente e líder. Confundem quem compra, chateiam quem produz. Cópia ou coincidência?

Há um ramo de camomilas inscritas num amarelo pálido? Confere. Letras brancas sobre fundo azul? Também. Um nome semelhante? Muito: basta cortar um par de letras na primeira e obtém-se a segunda. Entre a Tetley - marca de chá criada em 1837 e representada em Portugal pelo grupo Delta desde 2006 - e a Tley - marca portuguesa fundada nesse ano - há muito mais semelhanças do que o que seria de esperar entre marcas de chás distintas. Coincidência? A Tetley acreditou que não, e foi a tribunal: acusou a Tley de copiar o visual das embalagens, incluindo o tipo de letra usado no nome da marca e a fonética. Nos primeiros quatro anos com uma gémea idêntica nas prateleiras, terá perdido 1 milhão de euros. "Pela confusão que criou no mercado, a Tley prejudicou-nos. Fez com que perdêssemos vendas e quota de mercado que chegou a ser, em retalho, de 11%", disse à SÁBADO José Sequeira, do grupo Nabeiro.

Para continuar a ler
Já tem conta? Faça login

Assinatura Digital SÁBADO GRÁTIS
durante 2 anos, para jovens dos 15 aos 18 anos.

Saber Mais
Editorial

Só sabemos que não sabemos

Esta ignorância velha e arrastada é o estado a que chegámos, mas agora encontrou um escape. É preciso que a concorrência comece a saber mais qualquer coisa, ou acabamos todos cidadãos perdidos num qualquer festival de hambúrgueres