Perante cerca de 700 convidados, o ex-treinador apresentou candidatura à presidência do FC Porto. Eleições são em abril.
André Villas-Boas, de 46 anos, apresentou, esta quarta-feira, a sua candidatura à presidência do FC Porto, cujas eleições decorrem em abril. A cerimónia na Alfândega do Porto juntou cerca de 700 pessoas.
Tony Dias/Movephoto
A corrida à presidência já conta com Nuno Lobo. Só falta saber se o atual presidente, Pinto da Costa, se recandidata.
Villas-Boas, ex-treinador da equipa principal de futebol, revela a razão da sua candidatura: "Porquê esta candidatura e porquê agora? Porque neste momento já não somos capazes de construir valor, crescer enquanto clube e organização, propagar a nossa cultura, construir equipas vencedoras e cimentar o associativismo que tanto nos orgulha. De repente, parecemos capturados por um conjunto de interesses alheios ao FC Porto, que ferem os valores fundamentais da nossa instituição."
No discurso de apresentação decide atacar a governação do atual presidente, Pinto da Costa, que está no poder desde 1982. "Nos últimos 10 anos, o FC Porto conseguiu encaixar mais de 700 M€ em vendas e, em 2015, fez o maior contrato de transmissões televisivas." Continua o discurso, questionando a realidade atual do clube com "um passivo de 500 M€ e uma dívida de 310 M€. A nossa capacidade competitiva ameaçada, as contas em total descontrolo. Nos últimos 20 anos, o FC Porto gerou mais 2,9 mil milhões de euros em receitas, e hoje temos um clube incapaz de acautelar a sua responsabilidade. Vive agarrado por gratidão a uma gestão sem rumo e sem nexo."
Continua o seu discurso referindo que apresenta a sua candidatura com um "programa arrojado e transformador, com uma equipa que vai devolver a dignidade ao nosso clube". Tem como objetivo "manter o FC Porto como referência do futebol mundial a todos os níveis", afirmando que 2024 tem de ficar marcado pela "conquista do título de campeão nacional e não pela eleição do seu próximo presidente".
Villas-Boas enumera as principais linhas estratégicas do seu programa: "No programa desportivo, uma direção desportiva competente, experiente, estruturada, profissional e interventiva. Sendo este o coração da nossa instituição, é fundamental que reflita a grandeza e grau de exigência do clube; Uma direção de scouting capaz de identificar, filtrar e escolher de forma criteriosa o talento, planeando as equipas a curto, médio e longo prazo, seja na equipa sénior ou na formação, em todas as modalidades; Um modelo de gestão rigoroso, capaz de criar valor na equipa sénior e na formação. Um gabinete de performance que otimiza e potencia o talento, uma metodologia planificada, apoiada na exigência e criatividade, sem medo da emancipação precoce dos seus jogadores; Uma aposta séria no futebol feminino com o completar dos escalões em falta; Lançar as bases para a criação do futsal no clube, primeiro através da sua prática nos escalões inferiores e depois até à equipa sénior; Por fim, o centro de alto rendimento no Olival."
O ex-treinador da equipa principal de futebol refere ainda que, no que respeita à remuneração fixa da administração, vai cortar a fixa "em mais de 50% da atual e a variável terá um teto máximo de 60% da fixa". Garante que assegurará o alinhamento "entre todos os pilares do clube, das equipas de gestão às que trabalham connosco, a estrutura do FC Porto deve ser um baluarte unido e formado para a vitória".
Já no fim do seu discurso, afirma que quer colocar os sócios no centro da comunicação, ao "dignificar as distinções e a entrada das rosetas, elevando o estatuto e compromisso que os sócios demonstram". Acrescenta que quer "proteger e beneficiar os sócios detentores de lugares anuais, no Dragão e Dragão Arena, reformular os critérios de atribuição de sócio do ano, modernizar os processos de bilhética do Estádio do Dragão e da Dragão Arena, reformatar o departamento de gestão das casas do FC Porto."
Por fim, André Villas-Boas apela para o voto dos sócios, afirmando que "esta mudança só pode acontecer com o vosso querer e a vossa ação."
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