Herói para uns, vilão para outros, Pinto da Costa pode ser comparado a uma personagem da literatura ou do cinema - mas que existiu mesmo. Ao longo dos 87 anos de vida e 42 de presidência do FC Porto, acumulou inúmeras histórias. Aqui pode conhecer muitas delas: traçamos-lhe o retrato dos últimos dias, em sofrimento por causa do cancro, assim como as polémicas e escândalos que o assolaram, as mulheres e relações familiares, a infância difícil (sofreu com o divórcio dos pais) ou os maiores triunfos ao leme dos dragões.
Foi alvo de bullying na escola e foi afetado pelo divórcio dos pais (separaram-se quando ele tinha 3 anos). Preferiu trabalhar num banco a ir estudar Direito para Coimbra. Chegou ao FC Porto através do hóquei em patins. Decidiu ser presidente depois de um almoço com a mãe. Em 42 anos à frente do clube, ganhou 2.588 troféus. Casou-se várias vezes, colecionou inimigos, escândalos e polémicas - apelidado de "Presidente dos Presidentes", a sua vida foi um turbilhão até ao fim.
Os últimos tempos
Descobriu que tinha cancro em setembro de 2021, mas quis esconder a doença, inclusivé dos filhos e dos netos. A derrota nas eleições foi muito dura, mas acabou por aproveitar ter mais tempo livre para fazer outras coisas fora do futebol, como ir aos fados ou conviver com personalidades do mundo artístico, como os cantores Tony Carreira e Quim Barreiros e a artista plástica Joana Vasconcelos.
As polémicas e os inimigos
Grande estratega, Pinto da Costa soube fazer alianças e travar guerras, sempre em nome dos interesses do FC Porto. "Sempre nos respeitámos mutuamente, mas o FC Porto estava na alma dele e não olhava a meios para ser vencedor, direta ou indiretamente, lembra Sousa Cintra, ex-presidente do Sporting. Acusado de corrupção, acabou por nunca ser condenado.
Pinto da Costa era um pinga-amor. Algo que se explicava pelo seu sentido de humor e também "pela gentileza" com que tratava as mulheres, conforme revelou Fernando Póvoas, seu amigo. O médico adiantou ainda à SÁBADO que, ao contrário do que se diz, o antigo líder dos dragões não tem fortunas: "Ele já disse aos familiares que escusam de andar à procura de dinheiro em contas no estrangeiro, porque o que tem é o que está no banco. E não é o que as pessoas julgam que tem".
Cresceu numa família burguesa, e foi um tio materno que lhe passou o gosto pelo futebol - ele gostava de jogar, no colégio era defesa-central. Em dezembro de 1955, com quase 17 anos, foi expulso do Instituto onde estudava por ter ridicularizado, numa peça da escola, o padre Domingues, que era o pesadelo de todos os alunos.
A ligação ao FC Porto: Pedroto e outros treinadores
Decidiu candidatar-se à presidência do FC Porto em 1982, por conselho da mãe. Antes, tinha deixado o clube em desacordo com o presidente Américo de Sá, que lhe pediu mais contenção nas críticas ao Benfica. Iria fazer uma dupla poderosa com Pedroto, mas houve outros treinadores carismáticos, de Bobby Robson e Fernando Santos a José Mourinho e Sérgio Conceição.
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