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"Juntas" quer igualdade salarial entre jogadoras e jogadores das seleções de futebol

07 de setembro de 2020 às 11:50
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O movimento feminista de Aveiro enviou uma carta à FPF a questionar a instituição se considera implementar prontamente uma política de paridade remuneratória.

O movimento feminista de Aveiro "Juntas" defendeu hoje a igualdade salarial entre jogadores e jogadoras das seleções nacionais nas modalidades tuteladas pela Federação Portuguesa de Futebol (FPF).

Num comunicado divulgado hoje, o "Juntas" refere que enviou uma carta à FPF a questionar a instituição se considera implementar prontamente uma política de paridade remuneratória entre jogadores e jogadoras.

O movimento feminista de Aveiro lembra que se tem vindo a assistir a nível internacional a "um forte movimento pela igualdade de género no desporto, estimulado pela luta de centenas de jogadoras, onde se destacam a brasileira Marta Vieira da Silva ou a estadunidense Megan Rapinoe".

"O Brasil, a Inglaterra, a Austrália, a Noruega e a Nova Zelândia fazem parte do conjunto de países que se comprometeram publicamente com a paridade salarial entre mulheres e homens. Infelizmente, Portugal e a FPF ainda não acompanha esta política", lê-se na carta, a que a Lusa teve acesso.

O movimento feminista de Aveiro realça que Portugal "é o país onde as mulheres auferem de salário em média menos 16,7% do que os homens", considerando que o desporto federado "deve dar o exemplo na luta contra todas as formas de discriminação, incluindo a discriminação de género".

Para além de garantir a paridade salarial entre jogadores e jogadoras da seleção portuguesa de futebol, o "Juntas" entende que é urgente assegurar paridade salarial em todas as modalidades federadas.

O movimento defende ainda uma maior representatividade feminina nos órgãos de decisão do desporto, políticas que promovam a distribuição igualitária das tarefas domésticas entre homens e mulheres e uma cobertura mediática igual entre o desporto feminino e masculino.

Editorial

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