Abdilgafar Ramadani e o sócio Nikola Damjanac estão acusados de branqueamento de capitais, fraude fiscal e outros delitos relacionados com um esquema ilícito de transferências de jogadores.
Os agentes de futebol Abdilgafar Ramadani e Nikola Damjanac foram esta quarta-feira constituídos arguidos por um tribunal espanhol, por suspeita de branqueamento de capitais, fraude fiscal e outros delitos relacionados com um esquema ilícito de transferências de jogadores.
O albanês Ramadani e o sérvio Damjanac, sócios na agência Primus Consultance - que se chamava anteriormente Lian Sports -, estão a ser investigados pelas contratações fictícias de jogadores para clubes que controlavam em diferentes países europeus, como o cipriota Apollon Limasol, com o objetivo de encarecer as suas transferências futuras para os maiores clubes europeus.
A juíza María Tardón, da Audiência Nacional de Espanha, decidiu chamar ambos os empresários, bem como as suas mulheres (que também estão sob investigação), para serem ouvidos em tribunal na quinta-feira, a partir das 10h00, avançou a agência de notícias espanhola Efe.
Segundo a investigação, conduzida pelo departamento anticorrupção do Ministério Público espanhol, o esquema funcionava, pelo menos, desde 2015, com as primeiras averiguações a avançarem a partir de 2017, depois de a Guarda Civil espanhola ter detetado que Ramadani e Damjanac tinham adquirido várias vivendas de luxo em Calvià, em Maiorca.
A chamada 'Operação Lanigan', que teve origem em notícias divulgadas em vários órgãos de comunicação social com base em documentos tornados públicos através do Football Leaks, descobriu que os dois empresários captavam para a sua agência jovens jogadores que despontavam em equipas de países do Leste, como a Sérvia e a Roménia, e, quando os grandes clubes europeus se interessavam na sua contratação, faziam-nos assinar por um dos clubes que controlavam para depois os venderem mais caros.
Os futebolistas nem sequer chegavam a vestir a camisola dos "clubes de passagem", de acordo com as provas reunidas pela acusação.
Além disso, conseguiam relevantes benefícios fiscais, uma vez que a tributação deste tipo de operações em países como Malta (onde a Lian Sports tinha a sede), ou o Chipre, é significativamente mais baixa do que na maioria dos países europeus.
No processo também era usada a técnica de dispersão dos lucros arrecadados pelas suas empresas por diferentes países, de forma a evitar o pagamento de impostos em Espanha.
Com o esquema que montaram, desvendado após diligências policiais feitas em várias empresas, clubes de futebol e sociedades de advogados, em várias regiões de Espanha, Ramadani e Damjanac são suspeitos de ter introduzido de forma ilegal em Espanha mais de 10 milhões de euros, que usaram para adquirir património imobiliário de luxo e manter um elevado nível de vida.
Ramadani consta da lista de intermediários registados na Federação Portuguesa de Futebol. O albanês representa dois jogadores do Benfica: o avançado suíço Haris Seferovic e o médio sérvio Ljubomir Fejsa, que está emprestado esta época aos espanhóis do Alavés.
Também Luka Jovic (antigo jogador das 'águias'), avançado contratado no último verão pelo Real Madrid, é representado pelo empresário albanês, que conta ainda com vários 'craques' em alguns 'colossos' europeus.
É o caso de Stefan Savic e Nicola Kalinic (Atlético de Madrid), Miralem Pjanic (Juventus) e Kalidou Koulibaly (Nápoles).
Football Leaks. Agente de jogadores do Benfica constituído arguido em Espanha
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