Presidente da FPF considerou que autores do apedrejamento "mancham, de novo a imagem do futebol" e apelou à "ação implacável do Estado".
O presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) exigiu esta sexta-feira punição para os autores do apedrejamento ao autocarro da equipa do Benfica, que "mancham, de novo a imagem do futebol", apelando à "ação implacável do Estado".
"Foi com enorme tristeza e indignação que tomei conhecimento do inaceitável ato de violência que atingiu o Benfica e os seus atletas. A FPF confia que as autoridades policiais encontrarão, no mais curto espaço de tempo possível, os responsáveis pelo ato bárbaro e cobarde de ontem [na quinta-feira] -- o apedrejamento do autocarro do Benfica em andamento -- e exige que os autores deste crime não passem impunes", lê-se no comunicado assinado por Fernando Gomes.
De acordo com o Benfica, na quinta-feira, o autocarro da equipa foi apedrejado à saída da A2, quando se dirigia para o centro de estágios do clube, no Seixal, depois do empate 0-0 na receção ao Tondela, em jogo da 25.ª jornada da I Liga, e os jogadores Weigl e Zivkovic foram transportados para um hospital de Lisboa, por terem sido atingidos com estilhaços.
"Atacar, pela calada da noite, com a mão escondida, atletas, equipa técnica, 'staff' e dirigentes de um clube exige uma resposta à altura de todos os que amam o futebol e que se sentem revoltados por este tipo de comportamentos", sublinhou o líder federativo, considerando que "os atos ocorridos" na quinta-feira "mancham, de novo a imagem do futebol".
"Mas, no essencial, responsabilizam aqueles que arremessaram as pedras, motivados pelo ódio", completou.
Fernando Gomes prossegue a condenação aos atos, salientando que os autores "não são do futebol, não gostam do futebol e têm de ser expulsos do futebol".
"Como já afirmei em outros momentos infelizes, o futebol precisa da ação implacável do Estado nestas ocasiões. O futebol precisa da vossa ajuda para se poder regenerar e cumprir de forma plena as suas vitais funções desportivas, sociais e económicas", acrescentou.
O presidente da FPF rematou o comunicado com uma "palavra de solidariedade aos técnicos e particularmente aos atletas duramente atingidos pelos incidentes de ontem".
"Envio-vos, em nome da FPF e de todo o futebol português, os meus votos de que rapidamente possam recuperar das agressões que foram alvo para que voltem a fazer aquilo que mais gostam de fazer e que tanto significa para nós -- jogar futebol", frisou.
Na quinta-feira, o Benfica assumiu a liderança da I Liga, com os mesmos pontos do FC Porto, apesar do 'nulo' na receção ao Tondela, naquele que foi o primeiro jogo dos 'encarnados' depois da suspensão da competição devido à pandemia de covid-19, em 12 de março.
"O futebol, ao longo de semanas, uniu-se e sacrificou-se para conseguir garantir a retoma de uma parte essencial da sua atividade. Exemplares na forma como seguiram todas as indicações das autoridades sanitárias e governamentais, os clubes nacionais voltaram a proporcionar uma enorme alegria aos seus adeptos que ansiavam, porque o futebol também é importante nas suas vidas, o regresso a uma competição que é, em si mesma, crucial para a recuperação desportiva, financeira e económica e social de todos os agentes do futebol", destacou Gomes.
Fernando Gomes exige punição para autores de ataque de "mão escondida" ao Benfica
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A condenação do CSMP assenta na ultrapassagem das limitações estatutárias quanto à duração dos mandatos e na ausência de fundamentos objetivos e transparentes nos critérios de avaliação, ferindo princípios essenciais de legalidade e boa administração.
A frustração gera ressentimento que, por sua vez, gera um individualismo que acharíamos extinto após a grande prova de interdependência que foi a pandemia da Covid-19.