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Urgências do Litoral Alentejano sem atendimento a crianças na passagem de ano

30 de dezembro de 2019 às 18:11
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Falta de médicos leva a encerramento das urgências do Hospital do Litoral Alentejano. Pessoas serão dirigidas para os hospitais de Setúbal, Beja ou Évora.

As urgências do Hospital do Litoral Alentejano (HLA), em Santiago do Cacém (Setúbal), vão estar sem atendimento a crianças, entre as 20h00 de terça-feira e as 08h00 de quinta-feira, devido à falta de médicos, segundo o responsável hospitalar.

"Nos dias 31 de dezembro (terça-feira) e 01 de janeiro (quarta-feira), as urgências do HLA não terão capacidade para o atendimento a crianças", que, "em caso de necessidade, deverão ser dirigidas para os hospitais mais próximos, como Setúbal, Beja ou Évora", disse à agência Lusa o presidente do conselho de administração da Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano (ULSLA), Luís Matias.

No litoral alentejano, indicou o responsável da ULSLA, que gere o HLA, estarão a funcionar as urgências básicas de Alcácer do Sal (Setúbal) e de Odemira, no distrito de Beja, "que farão o atendimento total e encaminharão, para onde for necessário, alguma resposta que não possam dar". "O constrangimento verifica-se apenas no Hospital do Litoral Alentejano para o atendimento de crianças, devido à falta de disponibilidade dos médicos, a maioria prestadores de serviço e alguns estrangeiros, que viajaram para os seus países, e os que ficaram são insuficientes", acrescentou Luís Matias.

Em declarações à agência Lusa, o secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), Jorge Roque da Cunha, considerou a "chamada 'urgência pediátrica' do litoral alentejano uma ficção", criticando o Governo e o conselho de administração da ULSLA pela "incapacidade" em garantir igualdade de tratamento aos utentes da região. "A chamada 'urgência pediátrica' do litoral alentejano é uma ficção porque não tem pediatras. Há um atendimento a crianças feito por especialistas de medicina geral e familiar e até aí os alentejanos são discriminados porque não têm direito a pediatras", disse Jorge Roque da Cunha.

Para o dirigente sindical, "a questão de fundo tem a ver com a incapacidade que o Governo e o conselho de administração da ULSLA têm demonstrado em garantir igualdade de tratamento aos utentes do HLA". "Só depois da nossa pressão mudaram o nome para atendimento a crianças e ao longo dos meses vão constituindo escalas de urgência muito abaixo dos mínimos", sublinhou.

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