Três doentes com legionella, de idades entre os 40 e 70 anos, estão internados no Centro Hospitalar de Gaia/Espinho, informou a unidade, que garantiu não se tratar de um surto
"Nos últimos dez dias foram internados, no Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, EPE, três doentes com diagnóstico de doença dos Legionários, com idades compreendidas entre os 40 e os 70 anos, residentes no concelho de Vila Nova de Gaia", refere comunicado daquela unidade. Segundo o centro hospitalar, dois dos doentes encontram-se "clinicamente bem e o terceiro, internado no dia 30 de Outubro, encontra-se estável".
No comunicado, o hospital garante que, tendo em consideração a informação disponível até ao momento, a situação "não se enquadra num surto, correspondendo à distribuição sazonal da doença". Refere ainda que, "como é habitual neste tipo de situações, a equipa da Unidade de Saúde Pública local está a avaliar a situação, estando em curso a respectiva investigação epidemiológica".
Até ao momento, para além do facto de os casos estarem concentrados no tempo e residirem no mesmo concelho, não foi encontrado mais nenhum factor em comum, nomeadamente exposição a fonte de infecção", assegura, acrescentando que "no entanto, a investigação ambiental prosseguirá".
O Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia indica ainda que "a Autoridade de Saúde Regional e a Autoridade de Saúde Local estão a acompanhar a investigação epidemiológica que está a ser realizada localmente e, de acordo com a evolução da situação e a informação que entretanto venha a ser colhida, serão tomadas as medidas de prevenção e controlo consideradas necessárias".
"A doença dos Legionários apresenta-se habitualmente sob a forma de pneumonia, provocando um quadro clínico caracterizado por cansaço, febre, dores de cabeça, dores musculares e tosse", explica o hospital. E acrescenta: "trata-se de uma doença rara que atinge preferencialmente pessoas idosas, fumadores, imunodeprimidos e pessoas com doenças crónicas".
Refere também tratar-se de uma "doença que pode ocorrer sob a forma de casos esporádicos ou surto, registando um maior número de casos habitualmente entre o fim do verão e o outono".
A doença do legionário, provocada pela bactéria ‘legionella pneumophila’, contrai-se por inalação de gotículas de vapor de água contaminada (aerossóis) de dimensões tão pequenas que transportam a bactéria para os pulmões, depositando-a nos alvéolos pulmonares.
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