Milhares de crias de pinguim-imperador morreram devido ao degelo na Antártida. Antes que as suas penas fossem impermeáveis, caíram à água.
Milhares de crias de pinguim-imperador morreram devido ao degelo na Antártida, no fim de 2022. Segundo umestudo, o gelo por baixo delas quebrou e morreram ou afogadas, ou de frio caso tenham subido para uma superfície, porque as suas penas ainda não eram impermeáveis. O fenómeno afetou quatro colónias e pode ter vitimado cerca de 10 mil animais.
REUTERS/Martin Passingham
Cientistas do centro British Atlantic Survey analisaram imagens de satélite que revelam o desaparecimento do gelo e das colónias que lá se situavam no mar de Bellingshausen. Alertam que esta espécie enfrenta um futuro incerto devido ao aquecimento global por dependerem tanto do gelo que está a decrescer.
Segundo o estudo, estes problemas são sem precedentes. É a primeira vez que várias colónias numa só região falham: foi o caso dos pinguins que viviam no ilhéu Verdi, na ilha Smyley, na costa de Bryant e no ponto Pfrogner. Entre a eclosão e a preparação das crias para poder mergulhar, têm que passar cerca de quatro meses. Tendo em conta o ciclo de reprodução dos pinguins, em dezembro/janeiro as crias estão prontas para o mar: mas em 2022, não tiveram tempo suficiente. O gelo fragmentou em novembro.
Peter Fretwell, investigador do centro British Antarcitc Survey (BAS) e líder do estudo, lamentou o sucedido. "É uma história sombria. Fiquei chocado. É muito difícil pensar nestas crias queridas e fofas a morrer em grande número", afirmou, citado pelo jornalThe Guardian. "Já o tínhamos previsto há muito tempo. A perda de gelo marinho não tem precedentes e foi mmuito mais rápida do que imaginámos."
Em fevereiro de 2023, foi batido um recorde de degelo.
"Uma região com cerca de 1.500 quilómetros de comprimento perdeu quase todo o seu gelo marinho. Não fazemos ideia do que acontece realmente caso não haja gelo", alerta Peter Fretwell.
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