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Pílula masculina sem hormonas passa no primeiro teste de segurança humana

Ana Bela Ferreira
Ana Bela Ferreira 31 de julho de 2025 às 07:00
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O novo método pára temporariamente a produção de espermatozoides ao bloquear um metabólito da vitamina A. Conclui agora o primeiro teste de segurança em humanos e dando mais um passo para aumentar as opções contracetivas masculinas.

A chegada de uma pílula masculina ao mercado parece estar mais próxima. Um potencial medicamento acabou de passar ostestes de segurançaem humanos, dando boas indicações para esta proposta que não usa hormonas artificiais nem afeta a produção de testosterona. 

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O comprimido provou ser bem tolerado por um grupo de homens jovens e saudáveis e não pareceu ter nenhum efeito secundário sério. Agora serão precisos mais testes para demonstrar o quão eficaz é como contracetivo.

O novo método usa um químico  - YCT-529 - especialmente desenhado para atuar no recetor celular conhecido como receptor alfa do ácido retinóico. Esta ação leva à redução de produção de espermatozoides, algo que já tinha sido provado com outros produtos similares, anteriormente. 

Porém, anteriormente estes compostos mostraram ter efeitos secundários indesejados - como não serem totalmente reversíveis em todos os homens, alterar os níveis de sal na corrente sanguínea e dar uma sensação de mal-estar quando se bebia álcool.

Nos estudos animais, o YTC-529 mostrou ser totalmente reversível e um estudo em ratinhos mostrou que aqueles que tiveram filhos depois do uso deste químico tiveram bebés saudáveis.

Depois destes resultados, a pílula passou para a fase seguinte: o teste em humanos. O primeiro passo foi testar num pequeno grupo de voluntários saudáveis a sua segurança, tolerabilidade e possíveis efeitos secundários.

O teste unclui 16 voluntários que tomaram o métodos duas vezes em doses crescentes (uns passaram de 10 mg para 30 mg e outros de 90 mg para 180 mg). Outros participantes tomaram placebo para comparação.

Os partipantes foram monitorizados durante 15 dias para possíveis efeitos secundários. Não tendo sido registadas mudanças nas hormonas naturais nem efeitos duradouros no fígado ou rins e sem sinal de danos celulares. Também não foram registadas alterações no desejo sexual.

Os autores anunciaram ainda que estão a fazer uma segunda fase de testes num grupo mais alargado de homens, a que se seguirá uma terceira fase já envolvendo centenas de homens, onde serão avaliados a eficácia, reversibilidade e efeitos secundários do uso prolongado.

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