Sábado – Pense por si

Mirtilo tem forte impacto no fígado e pode prevenir diabetes e obesidade

Diogo Camilo
Diogo Camilo 18 de janeiro de 2021 às 11:40
As mais lidas

Cientistas da Universidade de Coimbra descobriram que o sumo destas bagas antioxidantes pode prevenir prevenir ou atenuar diabetes e obesidade.

O mirtilo tem um forte impacto no fígado e pode prevenir prevenir ou atenuar diabetes e obesidade. Esta é a conclusão de um estudo realizado por investigadores da Universidade de Coimbra, que aponta para o consumo saudável das bagas "muito ricas em antioxidantes".

Getty Images

De acordo com a investigação, publicada na revista científica Pharmaceutics, "o consumo continuado de mirtilo, em doses diárias de cerca de 240 gramas, tem um forte impacto hepático, fornecendo pistas importantes para orientar" o seu "consumo saudável e seguro", aponta a nota divulgada pela Universidade de Coimbra.

O estudo, realizado para descobrir os efeitos benéficos do sumo de mirtilo em situações de pré-diabetes, sugere que o consumo continuado de mirtilo força uma reprogramação metabólica, mas as consequências desta reprogramação estão ainda por esclarecer.

Segundo os os coordenadores do estudo, Flávio Reis e Sofia Viana, do Instituto de Investigação Clínica e Biomédica de Coimbra (iCBR), da Faculdade de Medicina, "o forte impacto hepático gerado pelo consumo continuado de mirtilo pode permitir prevenir ou atenuar contextos de doença, como, por exemplo, a diabetes e a obesidade", mas não é de descartar a hipótese de poder "provocar algum tipo de desequilíbrio e ter consequências nocivas para a saúde".

Por isso, o estudo vai agora centrar-se em clarificar ambas as hipóteses, para contribuir para um consumo de mirtilo seguro e perceber se se traduzirá em benefícios ou efeitos nefastos.

Por detrás dos benefícios do mirtilo para saúde está a sua atividade antioxidante, "principalmente devido ao seu alto teor em compostos fenólicos". As suas "propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias são, de certa forma, responsáveis pelo aumento do consumo" nos últimos anos. No entanto, investigadores alertam para "possíveis efeitos adversos resultantes de um consumo descontrolado e excessivo de certos produtos antioxidantes, incluindo os enriquecidos em compostos fenólicos".