Estudo revela que o declínio dos níveis de clorofluorocarbonetos e os hidroclorofluorcarbonos, que se encontram em sistemas de refrigeração, ar condicionado e aerossóis, contribuiu também para a luta contra o aquecimento global.
Cientistas afirmaram na terça-feira (11) que os esforços internacionais para proteger a camada de ozono foram um "enorme sucesso global", depois de terem anunciado que os gases nocivos na atmosfera estavam a diminuir mais rápido que o esperado.
REUTERS/Fred Prouser/Files
A descoberta surge mais de três décadas depois de diversos países terem assinado o Protocolo de Montreal, em 1987. O tratado internacional visava a eliminação gradual da produção e consumo de clorofluorocarboneto, e de outras substâncias que destroem a camada de ozono, que se encontram principalmente nos sistemas de refrigeração, ar condicionado e aerossóis.
Publicado na revista Nature Climate Change, o estudo descobriu agora que os níveis atmosféricos de hidroclorofluorcarbonos - gases nocivos responsáveis pelos buracos na camada de ozono - atingiram o pico em 2021 - cinco anos antes das projeções.
"Este foi um enorme sucesso global. Estamos a ver que as coisas estão a caminhar na direção certa", disse o principal autor do estudo, Luke Western, da Universidade de Bristol, em Inglaterra, citado pelo jornal britânicoThe Guardian.
Os clorofluorocarbonetos, considerados os gases mais nocivos, foram eliminados até 2010, e substituídos por hidroclorofluorcarbonos, num esforço para proteger a camada de ozono - o escudo que protege a vida na Terra dos níveis nocivos de radiação ultravioleta. Espera-se que estes últimos sejam eliminados até 2040.
"Em termos de política ambiental, há algum otimismo de que estes tratados ambientais possam funcionar, se forem devidamente promulgados e seguidos", referiu.
Tanto os clorofluorocarbonetos, como os hidroclorofluorcarbonos, são poderosos gases com efeito de estufa - o que significa que o seu declínio também ajuda na luta contra o aquecimento global.
Os clorofluorocarbonetos podem permanecer na atmosfera durante centenas de anos. Já os hidroclorofluorcarbonos, terão uma vida útil de cerca de duas décadas, referiu Western. Isso significa que mesmo que já não estejam a ser produzidos, que a utilização anterior deste tipo de substâncias continuará a afetar o ozono nos próximos anos.
O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente estimou em 2023 que a camada de ozono poderia levar quatro décadas até que ficasse recuperada aos níveis anteriores ao buraco detetado pela primeira vez, na década de 1980.
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