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Enfermeira deixa alerta: "Não vamos brincar, isto é assustador"

Lucília Galha
Lucília Galha 28 de março de 2020 às 08:21

Raquel Martins, 32 anos, é enfermeira num hospital privado, no Porto. Não sabe como se infetou, mas, no trabalho, não a deixavam usar máscara. Perdeu o olfato e o paladar e está confinada à cozinha da sua casa, onde dorme num colchão, no chão.

"Neste momento, vivo na cozinha. Durmo, almoço e janto na cozinha. Vivo na cozinha para as minhas filhas ficarem com o resto da casa para brincarem. Devia ter sido tudo ao contrário: prevenir para não acontecer. Sou enfermeira, trabalho num hospital privado do Porto, mas estávamos todos proibidos de usar máscara com o argumento de que criava alarmismo. Não havia nada por escrito, como é óbvio, as direções sabem que não podem proibir um profissional de saúde quando é declarada uma pandemia mundial.

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