Em Portugal, Itália e Espanha, os hábitos com o sol ainda levantam preocupações. A médica dermatologista Margarida Moura Valejo Coelho alerta: "As pessoas têm conhecimento dos riscos, mas por vezes optam por não incluir os cuidados nas suas rotinas".
Os efeitos nocivos da exposição prolongada ao sol são conhecidos há vários séculos e hoje sabe-se também que é a principal causa para o cancro de pele. No entanto, ainda há quem ainda associe o tom de pele bronzeado à saúde e à beleza.
Na década de 1920, os padrões de beleza alteraram-se e celebridades como a estilista Coco Chanel terão contribuído para a associação do tom da pele bronzeado à riqueza e ao bem-estar. Apesar dos riscos, o estudo Hábitos com o sol em Espanha, do Observatório Helio Care, que pertence à farmacêutica espanhola Cantrabria Labs, revela que em Portugal, Itália e Espanha, 45% das pessoas ainda associa o bronzeado à saúde ou beleza. Este ano, o inquérito foi feito pela primeira vez em Itália e Portugal.
Ainda que os dados levantem preocupação, os resultados mostram que 92% dos portugueses inquiridos sabem que os maus hábitos com a exposição solar podem provocar cancro da pele. Apesar do conhecimento, a médica dermatologista Margarida Moura Valejo Coelho refere que ainda se cometem muitos erros em Portugal. "As pessoas têm conhecimento dos riscos, mas por vezes optam por não incluir os cuidados nas suas rotinas". Além disso, revela que em maio, já tinha recebido pacientes com "queimaduras solares" e que "há muitos pacientes que se expõem ao sol ao 12h e à 13h, nas horas de maior perigosidade".
Sobre a associação entre o bronzeado e a saúde, a especialista refere que "em muitas culturas e em países com maior proximidade do mar, o bronzeado ainda é encarado como sinal de saúde por estar associado ao lazer, às atividades ao ar livre, às férias". Tudo situações que "associamos à vitalidade e ao sentimento de alegria". No entanto, a médica relembra que o bronzeado resulta sempre da exposição aos raios ultravioleta e, embora nos dê esta ideia de vitalidade, "tem efeitos nocivos".
A curto prazo, destaca, as queimaduras solares, e a longo prazo alerta para a possibilidade de "alterações da pigmentação, fotoenvelhecimento e desenvolvimento de cancro da pele: "Existe o cancro da pele não melanoma, que é mais frequente, e existe o melanoma, que tem maior risco de mortalidade e é um dos cancros que mais atinge a população jovem". E acrescenta: "A exposição solar representa 80% do fotoenvelhecimento".
Nos três países, 79% dos inquiridos admitem usar proteção solar apenas em momentos pontuais e 60% não reaplicam o protetor solar ou só o fazem uma vez. Em Portugal, 56% dos inquiridos diz utilizar proteção SPF50 ou SPF50+ e o "esquecimento" é a principal justificação dada pelas pessoas que não utilizam fotoproteção (32%).
A especialista alerta que muitas vezes o bronzeado pode dar uma falsa sensação de segurança e há pessoas que optam por diminuir a proteção ao longo dos meses de verão, no entanto, faz notar: "O bronzeado não nos protege. O sol tem alguns benefícios para a nossa saúde, como a produção da vitamina D, mas para essas funções é necessária uma radiação mínima". Por essa razão, recomenda que a exposição solar seja feita apenas nas horas de menor calor e perigosidade, privilegiando sempre as sombras e com óculos de sol para proteger os olhos". E conclui: "Temos de privilegiar sempre a saúde primeiro".
Ainda assim, o estudo revela que a cultura geral no que diz respeito à proteção solar está a melhorar.
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