Empresa defende que acordo não é uma admissão de culpa e continua a insistir que o pó de talco "é seguro", apesar de ter retirado o produto do mercado norte-americano por conter amianto e causar cancro nos ovários.
A Johnson & Johnson propôs 8,9 mil milhões de dólares (8,1 mil milhões de euros) para pôr fim a todos os processos nos EUA sobre a venda de pó de talco suspeito de causar cancro.
REUTERS/Mike Segar
O acordo, que ainda requer a aprovação do tribunal, "vai resolver justa e eficazmente todas as queixas" de que o talco da farmacêutica norte-americana contém amianto e causa cancro nos ovários, disse a empresa, na terça-feira.
A Johnson & Johnson afirmou que o acordo não é uma admissão de culpa, e continua a insistir que o pó de talco "é seguro", apesar de ter retirado o produto do mercado norte-americano.
O acordo, que pode ser pago por uma filial durante 25 anos, destina-se a "resolver todas as reivindicações atuais e futuras" sobre o pó de talco, de acordo com uma declaração.
A empresa disse que mais de 60 mil queixosos tinham concordado com tal resolução.
"A empresa continua a acreditar que estas queixas são infundadas e carecem de mérito científico", disse um funcionário jurídico da Johnson, citado na declaração. Mas o acordo vai permitir "que os queixosos sejam compensados em tempo útil", sublinhou.
Em junho de 2021 e depois de anos de litígio, a Johnson & Johnson foi finalmente condenada a pagar 2,1 mil milhões de dólares (1,9 mil milhões de euros) em indemnizações.
Um tribunal de recurso do estado norte-americano de Missouri concluiu que a Johnson & Johnson tinha "vendido conscientemente produtos contendo amianto aos consumidores", causando "graves problemas físicos, mentais e emocionais".
Em maio de 2020, e apesar de garantir estar inocente, a Johnson & Johnson anunciou que ia deixar de vender o pó de talco nos Estados Unidos e no Canadá, onde as vendas diminuíram devido à mudança de hábitos e à desconfiança em relação ao produto.
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
A escola é um espaço seguro, natural e cientificamente fundamentado para um diálogo sobre a sexualidade, a par de outros temas. E isto é especialmente essencial para milhares de jovens, para quem a escola é o sítio onde encontram a única oportunidade para abordarem múltiplos temas de forma construtiva.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
Até porque os primeiros impulsos enganam. Que o diga o New York Times, obrigado a fazer uma correcção à foto de uma criança subnutrida nos braços da sua mãe. O nome é Mohammed Zakaria al-Mutawaq e, segundo a errata do jornal, nasceu com problemas neurológicos e musculares.