Marcelo, Costa e partidos reúnem-se terça-feira com peritos agora por videoconferência
O Presidente da República, o primeiro-ministro e os partidos reúnem-se novamente na terça-feira com epidemiologistas, mas desta vez por videoconferência, num momento em que o país se encontra em confinamento geral por causa da covid-19.
No Infarmed, em Lisboa, a partir das 10:00, estarão presentes a maioria dos epidemiologistas e a ministra da Saúde, Marta Temido, e os restantes participantes vão acompanhar a reunião por videoconferência.
Esta reunião, a décima terceira nas instalações do Infarmed em Lisboa, num total de 14 até agora realizadas, será transmitida nas redes sociais do Governo, adiantou à agência Lusa a mesma fonte do executivo.
Restrições e novas variantes criam riscos à economia da zona euro
A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, afirmou esta segunda-feira que as restrições adotadas para conter a covid-19 e as novas variantes do vírus criam "riscos significativos" à economia da zona euro, mas disse ter esperança na vacinação.
"O início das campanhas de vacinação em toda a zona euro proporciona a luz ansiosamente esperada no final do túnel, mas ao mesmo tempo o ressurgimento dos casos de covid-19, as mutações do vírus e as medidas rigorosas de contenção constituem um risco negativo significativo para a atividade económica da zona euro", declarou Christine Lagarde.
Falando no arranque da sessão plenária do Parlamento Europeu, em Bruxelas, a responsável vincou que "a pandemia gerou uma grave crise de saúde pública e económica" e uma "contração económica sem precedentes".
E, apesar de os procedimentos de vacinação em curso "darem esperança", os cidadãos "em toda a Europa continuam a enfrentar as terríveis consequências sociais e económicas do vírus e o futuro permanece incerto", assinalou a líder do banco central.
"A produção permanece muito abaixo dos níveis pré-pandémicos e a incerteza sobre a forma como a pandemia irá evoluir permanece elevada", acrescentou.
Ainda assim, a responsável disse esperar que, "quando as medidas de contenção forem levantadas e a incerteza diminuir, a recuperação seja apoiada por condições de financiamento favoráveis, políticas orçamentais expansionistas e uma recuperação da procura".
Para o permitir, a presidente do BCE assegurou que a instituição continuará com uma "postura de política monetária de acomodação" e defendeu "condições de financiamento favoráveis para colocar a recuperação económica numa trajetória autossustentável".
Além disso, as "políticas monetária e orçamental devem continuar a trabalhar lado a lado", tanto ao nível dos países como a nível europeu, sustentou Christine Lagarde, considerando que só assim se poderá "reforçar a recuperação na zona euro e enfrentar o impacto da pandemia".
Na sua intervenção perante os eurodeputados, Christine Lagarde considerou ainda que "uma recuperação mais sólida é uma pré-condição para relançar a inflação em torno da sua trajetória pré-pandémica".
Em janeiro deste ano, de acordo com a responsável, registou-se um "aumento acentuado" na inflação da zona euro, que ainda assim "permanece baixa".
"Isto pode ser atribuído a uma procura fraca e a uma folga significativa nos mercados de trabalho e de produtos e, embora se espere que a inflação global continue a aumentar nos próximos meses, é provável que as pressões subjacentes sobre os preços permaneçam moderadas devido à fraca procura, às baixas pressões salariais e à apreciação da taxa de câmbio do euro", estimou ainda Christine Lagarde.
Coimbra vai adquirir mais 1.150 equipamentos informáticos para ensino à distância
O município de Coimbra anunciou esta segunda-feira a aquisição de mais 1.150 equipamentos informáticos para os alunos mais necessitados puderem aceder ao ensino 'online' em igualdade de oportunidades.
Na reunião camarária de hoje, o presidente do município, Manuel Machado, deixou a garantia de que está em processo de adquisição mais 650 computadores portáteis e mais 500 acessos à internet.
Segundo o autarca, desde abril do ano passado, após o início do terceiro período do ano letivo em formato 'online', a Câmara Municipal de Coimbra já disponibilizou 1.300 equipamentos informáticos, entre tabletes e pontos de acesso à Internet.
O município de Coimbra disponibiliza gratuitamente ainda uma plataforma 'online' de apoio ao ensino à distância, a E@D.Coimbra, destinada a alunos e professores do pré-escolar e do 1.º ciclo do ensino público do concelho.
"Ao todo são mais de 4.800 crianças, de 245 turmas, dos seis agrupamentos de escolas, que vão voltar a beneficiar desta medida que possibilita o trabalho em rede, em ambiente fechado e seguro, facilitando a partilha de conteúdos e a interação necessária ao desenvolvimento de atividades educativas bem como à sua monitorização e acompanhamento por parte dos docentes", destaca a autarquia.
A plataforma integra recursos educativos e pedagógicos que permitem "criar um ambiente inovador, interativo e estimulante, com centenas de atividades multimédia, interativas e dinâmicas, para serem utilizadas em casa, através das quais as crianças poderão aprender ao seu ritmo e de forma criativa".
Ministra prefere manter tratamento de doentes em Portugal
A ministra da Saúde, Marta Temido, assumiu esta segunda-feira a preferência pelo tratamento dos doentes com covid-19 em Portugal ao invés de os transferir para outros países que se mostraram disponíveis para ajudar nesta fase mais aguda da pandemia.
"São hipóteses que, obviamente, consideramos com a maior atenção, sendo certo que, por razões de estabilidade do próprio doente e de resposta em saúde junto do meio familiar, preferiríamos garantir o tratamento no nosso país e o mais possível junto de casa. É um esforço que continuaremos a tentar fazer", disse esta segunda-feira a governante, a propósito das propostas de auxílio que chegaram de Espanha e da Áustria.
Numa conferência de imprensa no Ministério da Saúde, em Lisboa, na qual fez um ponto de situação sobre o plano de vacinação contra a covid-19, após uma reunião, por videoconferência, com a 'task force', Marta Temido observou que a posição do ministério segue a visão da Comissão de Acompanhamento da Resposta Nacional em Medicina Intensiva para a covid-19 e destacou a aposta no reforço da capacidade instalada do país.
"Iremos procurar garantir primeiro que as respostas sejam ao nível do nosso país. Esperamos que estas duas semanas - que serão ainda semanas de muita pressão sobre os cuidados hospitalares e, sobretudo, os cuidados intensivos - nos permitam manter esta linha de resposta. O que mais nos preocupa é garantir os melhores cuidados aos utentes que deles precisem", acrescentou.
No entanto, a ministra da Saúde assegurou que Portugal vai continuar a "trabalhar e a articular com vários países da União Europeia apoios e colaborações no âmbito do mecanismo europeu", além de "cooperações bilaterais".
Já sobre a manifestação de disponibilidade de médicos reformados para ajudar como voluntários o Serviço Nacional de Saúde na resposta à pandemia, queixando-se de barreiras administrativas a esse apoio, Marta Temido vincou que "todos os profissionais são bem-vindos". A governante confirmou a receção da carta subscrita por esses profissionais e anunciou que irá encaminhá-la para os prestadores de saúde.
Marta Temido admite alargar critérios para a realização de testes
O Ministério da Saúde está a avaliar junto da Direção-Geral da Saúde (DGS) o possível alargamento dos critérios para a realização de testes de diagnóstico ao novo coronavírus no rastreio de contactos, revelou hoje a ministra Marta Temido.
"Neste momento, os testes são sobretudo preconizados para os contactos de alto risco e aquilo que pedimos que fosse avaliado tecnicamente era a possibilidade de o teste ser mais abrangente, independentemente do risco do contacto", afirmou a governante numa conferência de imprensa, na qual fez um ponto de situação sobre o plano de vacinação contra a covid-19, após uma reunião, por videoconferência, com a 'task force' para o plano nacional de vacinação contra a covid-19.
Portugal atingiu em janeiro um máximo de testes, que chegou a ultrapassar "os 77 mil num determinado dia", segundo a ministra da Saúde, que reiterou que a posição do Ministério é a de que "não podemos deixar cair o número de testes", mesmo perante um abrandamento da situação epidemiológica no país.
"Sabemos que um número elevado de testes é a melhor forma de garantir que mesmo com uma epidemia que parece estar a decrescer, nós continuamos a detetar o mais precocemente possível todos os casos", frisou, sublinhando: "Temos de intensificar o esforço do lado da oferta para continuar precocemente a identificar muitos casos".
Por outro lado, Marta Temido assegurou que o país já está a responder de forma mais positiva ao nível dos inquéritos epidemiológicos, depois de uma parte significativa de doentes não ter sido alvo de contacto na pior fase da pandemia, em janeiro. E com o decréscimo do número de casos, a governante perspetivou mesmo "algum alívio" ao nível dos inquéritos epidemiológicos e do rastreio de contactos.
"Tem sido feito um esforço muito significativo ao nível das regiões para melhorar os tempos de resposta com a mobilização de modelos colaborativos de realização de inquéritos, ou seja, num primeiro contacto as pessoas podem ser contactadas por um profissional que está formado para o efeito, mas que depois passa o trabalho - se for necessário - a outro colega. Isso permitiu-nos melhorar bastante o nível de pendências", explicou.
Marta Temido finalizou a conferência assinalando o "aumento da vacinação nas próximas semanas, e apontando que o "incremento na testagem, mesmo que a epidemia esteja a baixar", e à melhor resposta possível aos doentes que precisam de cuidados de saúde, sem esquecer a recuperação das "respostas não covid o quanto antes".
João Gouveia, presidente da Comissão de Acompanhamento da Resposta em Medicina Intensiva para a covid-19, explicou admitiu que existem "várias propostas" de ajuda internacional. "Mas não são a solução, são uma ajuda e não excluímos nada."
O responsável adiantou que esta ajuda "está a ser estudada", mas que a solução está no comportamento de cada um.
Na mesma conferência de imprensa onde falou a equipa alemã, o responsável desta equipa especialista em cuidados intensivos, referiu que vieram "por três semanas".
Médicos alemães estão já a tratar 8 doentes no Hospital da Luz
A equipa de 8 médicos e 18 enfermeiros alemães começou esta segunda-feira a trabalhar no Hospital da Luz. Estão a tratar 8 doentes em simultâneo. São todos doentes críticos com covid-19.
O hospital está a organizar uma conferência de imprensa onde dá conta de que esperam receber mais doentes de forma a aproveitar a equipa alemã e as instalações disponíveis.
O médico-chefe da equipa alemã agradece "as melhores condições" que lhes foram dadas para trabalhar. "Temos apenas um objetivo: salvar vidas."
Já foram identificadas 957 mil pessoas ainda por vacinar para a segunda fase, ou seja, com mais de 55 anos e com uma das quatro doenças identificadas ou mais de 80 anos.
As pessoas que não estejam inscritas no SNS ou sem médico de família, podem pedir uma declaração médica de vacinação ao médico que as segue.
No final da semana será criado um simulador que permite saber se determinada pessoa com mais de 55 anos consta da fase 1 e que estará disponível no Portal da Covid-19 do Serviço Nacional de Saúde.
A ministra da Saúde lembrou que até ao fim da semana passada foram entregues 493 mil doses de vacina, 450 mil dessas no Continente. Marta Temido lembrou ainda que foram recebidas 43 mil doses da vacina da AstraZeneca este domingo. Sobre esta vacina, a ministra lembrou que a opção da DGS foi de utilziar esta vacina nos grupos etários com menos de 65 anos.
Chegou esta segunda-feira ainda uma nova entrega da Pfzier e esta semanda devem chegar mais vacinas da Moderna. Para o primeiro trimestre vamos receber perto de 1,9 milhões de doses de vacina, revelou ainda a ministra.
Até hoje foram vacinadas 397 mil inoculações, 292 mil primeiras doses e 104 mil segundas doses.
Ministro alerta que ensino à distância não "se pode tornar natural"
O minsitro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, disse que não se pode "tornar natural ou sobrevalorizar o ensino à distância" e que este tipo de enisno "não substitui completamente o ensino presencial" e "não se pode tornar natural".
"Nada substitui as aulas presenciais. É muito importante voltar o mais rápido possível. Sabemos que só podemos voltar em segurança e quando as condições sanitárias assim o permitam, mas todos temos o entendimento de que voltar às escolas é o objetivo", concluiu.
"Escolas têm ser as primeiras a abrir", diz o Governo
Tiago Brandão Rodrigues, disse àTSF que as escolas terão de ser as primeiras a abrir assim que seja possível. "As escolas foram as últimas a fechar, têm de ser das primeiras infra-estruturas a abrir, a começar pelos mais novos, que têm mais dificuldades em lidar com os meios tecnológicos", defendeu o ministro da educação.
Terceira dose pode ser solução com a vacina da AstraZeneca
Um estudo revelou que a vacina desenvolvida pela AstraZeneca e a universidade de Oxford tem menos eficácia no combate à variante da África do Sul e no combate junto da população mais idosa. A soulção pode passar por administrar uma terceira dose da vacina.
Segundo o responsável pela vacinação no Reino Unido, Nadhum Zahawi, a vacina pode ter uma "eficácia reduzida na prevenção da infeção", mas os estudos ainda não abordaram o tema das "doenças graves, hospitalização e morte".
Zahawi avançou, ao Telegraph, aquilo que pode ser uma solução para aumentar a eficácia da vacina da AstraZeneca: uma terceira dose. Os laboratórios de Oxford também já confirmaram que estão a trabalhar numa nova "versão com a sequência" da variante sul-africana.
África com mais 350 mortos e 11.087 infetados nas últimas 24 horas
África registou nas últimas 24 horas mais 350 mortes por covid-19 para um total de 95.075 óbitos, e 11.087 novos casos de infeção, segundo os mais recentes dados oficiais da pandemia no continente.
De acordo com o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), o número total de infetados nos 55 Estados-membros da organização é de 3.667.546 e o de recuperados nas últimas 24 horas é de 28.105, para um total de 3.192.561 desde o início da pandemia.
A África Austral continua a ser região mais afetada, com 1.748.941 infetados e 51.566 mortos. Nesta região, a África do Sul, o país mais atingido pela covid-19 no continente, regista 1.476.135 casos e 46.290 mortes.
O Norte de África é a segunda zona mais afetada pela pandemia, com 1.111.951 infetados e 30.561 vítimas mortais.
A África Oriental contabiliza 370.325 infeções e 7.005 mortos, enquanto na África Ocidental o número de infeções é de 344.675 e o de mortes ascende a 4.302.
A África Central tem 91.654 casos e 1.641 óbitos.
O Egito, que é o segundo país africano com mais vítimas mortais, a seguir à África do Sul, regista 9.651 mortes e 169.640 infetados, seguindo-se Marrocos, com 8.394 vítimas mortais e 475.355 casos.
Entre os seis países mais afetados estão também a Argélia, com 2.916 óbitos e 108.996 casos, a Etiópia, com 2.148 vítimas mortais e 142.338 infeções, e o Quénia, com 1.779 óbitos e 101.819 infetados.
Em relação aos países de língua oficial portuguesa, Angola regista 475 óbitos e 20.086 casos de infeção, seguindo-se Moçambique (460 mortes e 44.600 casos), Cabo Verde (135 mortos e 14.423 casos), Guiné Equatorial (87 óbitos e 5.614 casos), Guiné-Bissau (46 mortos e 2.780 casos) e São Tomé e Príncipe (18 mortos e 1.346 casos).
Médicos reformados queixam-se de barreiras administrativas para poderem ajudar
Mais de uma centena de médicos, alguns reformados, escreveram uma carta à ministra da Saúde a queixarem-se das barreiras administrativas que lhes foram levantadas quando se ofereceram para ajudar como voluntários o Serviço Nacional de Saúde.
Sublinhando que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) "vive um dos seus períodos mais exigentes de sempre", situação na qual "todos são precisos e ninguém é dispensável", os médicos dizem-se dispostos a ajudar, que já se ofereceram, mas que forem levantadas barreiras administrativas e ao trabalho voluntário.
Na carta, enviada também ao primeiro-ministro e ao Presidente da República e cujo primeiro signatário é o médico Gentil Martins, dizem que milhares responderam ao desafio lançado pelo bastonário da Ordem dos Médicos, que "a lista foi enviada ao Ministério da Saúde" e que "nada aconteceu ou foi colocado um conjunto de barreiras administrativas inexplicáveis, entre as quais a recusa de trabalho voluntário".
Irmãs de Vila Real sem Internet vão para escola ter aulas 'online'
As irmãs sem acesso à Internet em casa em Carrapuços, em Ribeira de Pena, vão assistir a partir de hoje às aulas 'online' na escola de Cerva, numa solução conjunta entre o Agrupamento e o município.
O regresso do ensino à distância aumentou as preocupações de uma família que vive em Carrapuços, na União de Freguesias de Cerva e Limões, no concelho de Ribeira de Pena, distrito de Vila Real, onde praticamente não há acesso à Internet e as duas filhas têm de sair da aldeia para assistirem às aulas.
Inês Magalhães anda no 3.º ano, e Cristina Magalhães frequenta o 9.º ano, em Cerva. Patrícia Mucha, da Câmara de Ribeira de Pena, explicou à agência Lusa que a solução encontrada passa por levar as meninas para a escola de Cerva, inserido no Agrupamento de Escolas de Ribeira de Pena, onde terão as aulas à distância.
Trata-se, referiu, de "um espaço que conhecem, onde vão estar devidamente acompanhadas e onde têm acesso a almoço", sempre que for necessário. Segundo esta responsável, a câmara vai assegurar o transporte às duas alunas e os horários já estão delineados de acordo com as horas em que decorrem as aulas 'online'. Ali também poderão permanecer para as aulas assíncronas.
DGS anuncia que vacina da AstraZeneca é para pessoas com menos de 65 anos
Portugal recebeu no domingo um lote de 43.200 vacinas da AstraZeneca, o primeiro deste laboratório, informou à Lusa a 'task force' para o plano nacional de vacinação contra a covid-19. Já esta manhã aDGS informou que vacina da AstraZeneca pode ser usada em pessoas maiores de 18 anoscomo prevenção da covid-19, contudo, "até novos dados estarem disponíveis", "deve ser preferencialmente utilizada para pessoas de 65 anos ou menos de idade".
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