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Um casal apaixonado contra Salazar

Pedro Jorge Castro 06 de novembro de 2019

Francisco Sousa Tavares e Sophia de Mello Breyner travaram todas as lutas contra a ditadura. A PIDE não os largou e, das duas vezes em que ele esteve preso, comunicaram em código

Tinham passado 50 anos desde a noite em que, pela primeira vez, viu Sophia de Mello Breyner Andresen dizer um poema, junto à fonte do jardim da tia-avó dela no Campo Grande. Apesar de estarem já separados há oito anos, quando se sentou para escrever à mão este episódio das suas memórias, dois meses antes de morrer, em 1993, Francisco Sousa Tavares falou da ex-mulher como um fenómeno sobrenatural: "Não ficara certo de ter visto uma mulher ou uma Deusa." Considerou-a "um milagre que não parecia real". E descreveu um sentimento intenso: "O êxtase interior que me possuía e desde então me sujeitava à escravidão distante de Sophia."

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