Hélder Trindade alegou "razões pessoais". Pedido de afastamento ocorre dias depois de DGS ter permitido dádiva de sangue por parte de homossexuais e bissexuais
O presidente do Instituto Português do Sangue e da Transplantação, Hélder Trindade, pediu a demissão ao ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, alegando "razões pessoais", noticiam hoje vários órgãos de comunicação social.
A demissão do especialista em transplantação, que estava no cargo desde 2011, foi confirmada na quarta-feira pelo Ministério da Saúde.
O pedido de demissão ocorre poucos dias depois de a Direcção-Geral da Saúde (DGS) ter divulgado uma norma de orientação clínica no sentido de permitir a dádiva de sangue por parte de homossexuais e bissexuais, embora condicionada a um período de abstinência de um ano.
Estas novas regras vêm pôr fim à proibição total de homens que fazem sexo com homens (HSH) - homossexuais e bissexuais - poderem dar sangue, passando aquilo que é hoje considerado como "critério de suspensão definitiva" para "critério de suspensão temporária".
Na prática, os HSH passam a poder ser dadores de sangue, estando sujeitos à aplicação de um período de suspensão temporária de 12 meses após o último contacto sexual, com avaliação analítica posterior.
A norma, publicada na página da DGS na segunda-feira, vem também estabelecer um período de suspensão de 12 meses após o último contacto sexual para pessoas que tenham tido parceiros portadores de infeção por VIH, hepatite B e hepatite C.
Hélder Trindade já tinha sido contestado pelo Bloco de Esquerda em 2015, por este ter afirmado que só admitia dadores homossexuais que fossem abstinentes.
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