Descoberta feita pela Universidade de Pisa poderá esclarecer detalhes da morte do filósofo. Novas informações “enriquecem o conhecimento coletivo da história”.
Antes de morrer e já febril, o filósofo Platão (429-347 a.C.) ter-se-á queixado da falta de ritmo de uma tocadora de flauta. Além dessa informação, um papiro decifrado através de uma tecnologia de análise de imagem revela que o filósofo foi enterrado num jardim junto a um templo às musas dentro da Academia de Atenas, a primeira universidade do mundo.
A descoberta foi levada a cabo por uma equipa da Universidade de Pisa e apresentada na Biblioteca Nacional de Nápoles. O papiro foi encontrado em Herculano, entre Nápoles e Pompeia, na chamada Villa dei Papyri, onde foram encontrados 1.800 rolos de papiro carbonizados no século XVIII.
Graziano Ranocchia, professor na Universidade de Pisa, descreve o momento como "extraordinário" e "que enriquece o conhecimento coletivo da história", cita o The Guardian. Refere ainda que tal só foi feito possível com a ajuda de "técnicas avançadas de diagnóstico de imagens" que, trabalhando em conjunto, compilam digitalmente fragmentos do papiro que estão sobrepostos uns aos outros.
As novas informações dão conta de que o filósofo foi vendido como escravo na ilha de Aegina por volta do ano 404 A.C, e não em 387 A.C na região da Sicília como anteriormente pensado. Isto indica, portanto, que o filósofo terá experienciado a invasão dos espartanos à ilha, que coincide com a data agora revelada.
Segundo o site The Conversation, o papiro sobre Platão foi encontrado na biblioteca de uma casa cujo dono tinha um grande interesse em filosofia grega. O papiro sobre Platão foi escrito por Filodemo de Gadara, mas grandes porções de texto continuavam ilegíveis.
Contudo, a nova tecnologia permite ler quase 30% mais do que antes. Até agora, sabia-se que Platão tinha sido enterrado na Academia, mas não mais do que isso.
Apesar de o papiro dar indicações sobre esse local, há académicos que alertam que a tradução pode não estar correcta. Ao mesmo tempo, tendo em conta o valor que Platão dava à música, faz sentido que tenha escolhido que a sua sepultura fosse junto do templo.
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