A decisão surgiu na sequência da polémica provocada pela divulgação de um cartoon do português António representando o presidente dos EUA e que foi alvo de acusações de antissemitismo.
O jornal norte-americanoThe New York Timesanunciou segunda-feira que decidiu terminar com a prática de publicação decartoons políticos na sua edição internacional, na sequência da polémica que envolveu um desenho do cartunista português António, considerado antissemita.
A direção de informação doThe New York Times, uma das mais prestigiadas publicações jornalísticas nos Estados Unidos, explicou que, a partir de 1 de julho, a edição internacional adotará a mesma estratégia editorial da edição nacional, que não publica qualquer desenho humorístico.
A decisão surgiu na sequência da polémica provocada pela divulgação de umcartoon do português António -- em que o Presidente dos EUA, Donald Trump, aparece com um 'kipá' (símbolo judaico) e óculos escuros a ser conduzido por um cão-guia com a cara do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu -- divulgado há cerca de um mês e meio e que foi alvo de acusações de antissemitismo.
Na altura, a direção do jornal pediu desculpa pela publicação e justificou-se dizendo que tinha sido o resultado da decisão isolada de um editor, que não reconheceu o potencial de leitura antissemita, e rompeu o contrato com a empresa de serviço de distribuição decartoons que trabalhava com vários cartunistas internacionais, entre eles o português António (António Moreira Antunes).
Segunda-feira, oThe New York Timestomou a decisão mais radical de terminar com toda e qualquer divulgação decartoons na edição internacional, seguindo a estratégia editorial da versão nacional do jornal diário.
Numa declaração, James Bennet, responsável pela página de artigos de opinião, disse que "há mais de um ano que considerava colocar a edição internacional em linha com a edição nacional, terminando com oscartoons políticos", o que acontecerá a partir do próximo dia 01 de julho.
Na mesma declaração, Bennet acrescentou que o jornal de Nova Iorque "continuará a investir em formatos de jornalismo opinativo, incluindo jornalismo visual, que expressem nuance, complexidade e vozes fortes a partir de uma diversidade de perspetivas".
As reações a esta decisão doThe New York Timesnão se fizeram esperar, em particular do lado de cartunistas, lamentando o desaparecimento desta forma de expressão visual das páginas do jornal.
Patrick Chappate, um dos cartunistas que colaborava com oThe New York Times, escreveu no seu blogue que a decisão não tem apenas a ver comcartoons, "mas também com jornalismo e com a opinião em geral", dizendo que se vive "num mundo em que a população moralista se junta nas redes sociais e ergue-se como uma tempestade, atacando as Redações dos 'media'".
Plantu, conhecido cartunista do diário francêsLe Mondee fundador da associaçãoCartooning for Peace, considera decisão revela que o jornal "se encolheu perante as redes sociais", lembrando que já antes oThe New York Timestinha pedido desculpa pelo desenho do português António.
"É tão estúpido como se pedíssemos às crianças no Dia das Mães para pararem de fazer desenhos para suas mães", disse o cartunista, manifestando a sua solidariedade para com os cartunistas afetados pela decisão do jornal norte-americano.
"Humor e imagens perturbadoras fazem parte das nossas democracias", disse o cartunista do jornalLe Monde.
Na altura em que o seu 'cartoon' foi alvo de polémica, António já tinha denunciado a "vulnerabilidade" do jornal de Nova Iorque ao considerou ser "grupos de pressão" com grande influência na sua linha editorial.
"Provavelmente, tem a ver com as suas linhas de financiamento. Não sei. É um espetáculo triste", lamentou António.
New York Times elimina cartoons políticos da edição internacional
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Seria bom que Maria Corina – à frente de uma coligação heteróclita que tenta derrubar o regime instaurado por Nicolás Maduro, em 1999, e herdado por Nicolás Maduro em 2013 – tivesse melhor sorte do que outras premiadas com o Nobel da Paz.
“S” sentiu que aquele era o instante de glória que esperava. Subiu a uma carruagem, ergueu os braços em triunfo e, no segundo seguinte, o choque elétrico atravessou-lhe o corpo. Os camaradas de protesto, os mesmos que minutos antes gritavam palavras de ordem sobre solidariedade e justiça, recuaram. Uns fugiram, outros filmaram.
É excelente poder dizer que a UE já aprovou 18 pacotes de sanções e vai a caminho do 19º. Mas não teria sido melhor aprovar, por exemplo, só cinco pacotes muito mais robustos, mais pesados e mais rapidamente do que andar a sancionar às pinguinhas?
Um bando de provocadores que nunca se preocuparam com as vítimas do 7 de Outubro, e não gostam de ser chamados de Hamas. Ai que não somos, ui isto e aquilo, não somos terroristas, não somos maus, somos bonzinhos. Venha a bondade.