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Ilham Tohti, o prémio Sakharov que pode nem sequer estar vivo

Juliana Nogueira Santos 24 de outubro de 2019 às 21:35

O professor e ativista uigure já esteve nomeado para o prémio em 2016, mas desta vez, em prisão perpétua, poderá nem receber a notícia.

Há mais de dois anos que a família não sabe nada dele. Ilham Tohti, professor de economia e membro da comunidade muçulmana uigure, foi preso pelo regime chinês em setembro de 2014, mas desde 2017 que lhe foram negadas quaisquer visitas, mesmo da sua família, com estes a não saberem se ele se mantém cativo na mesma prisão, em que condições vive ou se está vivo sequer. Agora ganhou o prémio Sakharov.

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