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Greta Thunberg detida durante protestos na Noruega

Débora Calheiros Lourenço
Débora Calheiros Lourenço 01 de março de 2023 às 10:31
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A ativista ambiental juntou-se, no dia 26, a dezenas de ativistas sami, um povo indígena do Ártico afetado por dois parques eólicos.

A ativista Greta Thunberg foi detida esta quarta-feira em Oslo, capital da Noruega, enquanto participava num protesto contra dois parques eólicos que, apesar de uma decisão judicial desfavorável, continuam a funcionar.

A ativista ambiental juntou-se, no dia 26, a dezenas de ativistas sami, um povo indígena do Ártico afetado pelos parques, que têm protestado durante os últimos dias incluindo através do bloqueio de vários ministérios em Oslo.

De acordo com a Reuters, no momento da detenção os ativistas encontravam-se a bloquear a entrada no ministério das Finanças. A polícia aproximou-se do local e acabou por agarrar e levar Greta Thunberg e outros jovens enquanto os manifestantes se mantiveram a protestar.

Os manifestantes pretendem a demolição de dois parques eólicos que se encontram na região de Fosen, uma vez que os consideram "ilegais" desde que o Supremo Tribunal concluiu, em outubro de 2021, que o projeto não respeita o direito das famílias sami de expressar a sua cultura através da criação das renas. Assim sendo, ficou provado que os parques eólicos na zona oeste da Noruega violam o documento da ONU sobre direitos civis e políticos.

Apesar de o Supremo Tribunal ter considerado por unanimidade as autorizações para a construção das 151 turbinas inválidas, passado quase um ano e meio ainda não foi estabelecido como resolver a situação.

Entretanto as autoridades norueguesas prometeram respeitar a decisão do tribunal e iniciaram novas investigações com o objetivo de encontrarem um mecanismo que permita a coexistência entre os geradores de eletricidades, de alta importância para o país, e a criação de renas.

A ativista sueca fez uma declaração para a TV2 na passada segunda-feira, 27 "Não podemos usar a suposta transição climática como cobertura para o colonialismo", defendeu, garantindo ainda que "uma transição climática que viola os direitos humanos não é uma transição climática digna desse nome".

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