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"Deixei de fazer previsões sobre o fim da quarentena"

Raquel Lito
Raquel Lito 02 de abril de 2020 às 15:04

Joana Cortes Simões vive em Macau há quase dez anos. Mãe separada, com duas filhas a seu cuidado, conta à SÁBADO como é o quotidiano na região exemplar de combate à pandemia.

Macau é uma cidade fantasma desde 22 de janeiro. A região administrativa especial ficou deserta de um dia para o outro, mas temos enfrentado a pandemia de coronavírus com serenidade e civismo. Só tivemos 41 casos até à data. Os últimos 31 infetados foram pessoas que vieram de fora. Mortes? Zero. Não se vê ninguém nas ruas, os casinos estão fechados e as fronteiras também. Cumpro as regras que passam a toda a hora na rádio – como evitar ajuntamentos, lavar as mãos com frequência, ou usar máscara –, mas quando tenho necessidade de ir à rua tiro fotos com o meu telemóvel. Chamo-me Joana Cortes Simões, tenho 39 anos e sou educadora de infância numa escola luso-chinesa.

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