Em causa estão declarações que "desrespeitam gravemente os direitos das mulheres e espalham desinformação sobre o aborto".
"Vocês [mulheres] são só umas p**** que querem levar na c*** sem consequência. Aborto não é contracetivo." Foram estas as frases proferidas por Numeiro que fizeram com que a Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género (CIG) apresentasse uma queixa no Ministério Público (MP) contra oyoutubere criador de conteúdos digitais.
Instagram/Numeiro
Segundo o organismo, estas declarações de "incitamento ao ódio contra as mulheres" já valeram a apresentação de mais de uma centena de denúncias. A CIG defende, por isso, que "desrespeitam gravemente os direitos das mulheres e espalham desinformação sobre o aborto".
"Nos últimos dias, a Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género (CIG) recebeu já mais de uma centena de denúncias de cidadãs e cidadãos indignados com estas declarações e informa que apresentou queixa junto do Ministério Público e de outras entidades competentes", escreveu em comunicado.
E acrescentou: "Apelamos a todas as pessoas para que se unam na rejeição de discursos que atentem contra a dignidade das mulheres e os valores democráticos."
O youtuber entretanto já se manifestou sobre esta notícia. Nas redes sociais escreveu: "A partir de hoje identifico-me como mulher. Já não me podem processar por discurso de ódio contra as mulheres."
E solicitou: "Alguém se importa de fazer um trabalho de pesquisa sobre esta comissão? Quem são, o que fazem, quanto limpam ao Estado? Estou disposto a pagar por informação."
Esta não é a primeira vez que Numeiro escreve sobre aborto ou o papel da mulher, nas redes sociais. Os seus comentários têm até gerado alguma controvérsia. A 2 de junho, o influencer escreveu na rede social X: "Aborto só devia ser permitido em casos extremos, tipo malformação do bebé ou engravidar uma amante."
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.
Até porque os primeiros impulsos enganam. Que o diga o New York Times, obrigado a fazer uma correcção à foto de uma criança subnutrida nos braços da sua mãe. O nome é Mohammed Zakaria al-Mutawaq e, segundo a errata do jornal, nasceu com problemas neurológicos e musculares.