Sábado – Pense por si

As mulheres nos Descobrimentos

Susana Lúcio
Susana Lúcio 21 de outubro de 2025 às 23:00

Houve quem tivesse lutado em praças africanas, enriquecido com o açúcar e influenciado cortes orientais. As que ficaram contribuíram para a sobrevivência de Portugal.

Maria Úrsula de Abreu e Lencastre sonhava com uma vida impossível para uma mulher no fim do século XVII: a aventura. Contudo, a portuguesa, nascida no Rio de Janeiro, Brasil, não deixou que as normas sociais de então a travassem: aos 18 anos trocou o corpete e as saias longas por uns corsários e alistou-se como grumete num navio que partiu para Lisboa. Na capital do reino, tomou o nome de Baltazar de Couto Cardoso e embarcou para a Índia em 1699. Ali, assentou praça e lutou na defesa do império durante 14 anos. Participou na conquista da fortificação de Amboino, uma das ilhas do arquipélago das Molucas (atual Indonésia) e destacou-se na defesa do forte de Corjuem, em Goa, onde salvou o seu capitão, Afonso Teixeira Arrais de Melo e Mendonça. Terá sido ali que a sua verdadeira identidade foi revelada, mas o capitão apaixonou-se pela sua salvadora e casaram-se com a bênção do Rei D. João V, que atribuiu ao noivo o cargo de governador do Forte de S. João Baptista, na Ilha de Goa.

Para continuar a ler
Já tem conta? Faça login

Assinatura Digital SÁBADO GRÁTIS
durante 2 anos, para jovens dos 15 aos 18 anos.

Saber Mais

A Rússia continua a querer tudo

Trump esforçou-se por mostrar que era dele o ascendente sobre Putin. Mas o presidente russo é um exímio jogador de xadrez. Esperou, deixou correr, mas antecipou-se ao encontro de Zelensky em Washington e voltou a provar que é ele quem, no fim do dia, leva a melhor. A Rússia continuar a querer tudo na Ucrânia. Conseguirá continuar as consequências dos ataques a refinarias e petrolíferas?