O velório da actriz Mariema, que morreu no domingo à noite, realiza-se a partir das 18:00 de terça-feira na igreja do Santo Condestável, em Campo de Ourique.
O velório da actriz Mariema, que morreu no domingo à noite, realiza-se a partir das 18:00 de terça-feira na igreja do Santo Condestável, em Campo de Ourique, Lisboa, disse hoje à Lusa fonte da Casa do Artista.
Na quarta-feira, será realizada, no mesmo local, às 10:30, uma missa de corpo presente, saindo depois o funeral para o Cemitério dos Prazeres, onde a atriz ficará sepultada no talhão dos artistas, referiu a mesma fonte.
Mariema Mendes de Campos, que nasceu em Lisboa, em 2 de Setembro de 1943, no bairro de Campo de Ourique, morreu no domingo à noite, no Hospital de Santa Maria, também em Lisboa, disse hoje à agência Lusa fonte da Casa do Artista, onde a actriz residia.
Começou cedo a cantar o fado, sobretudo para os amigos, mas foi num dos restaurantes onde cantava que Deolinda Rodrigues a descobriu e sugeriu que entrasse para o teatro, segundo refere o fadista e investigador Vítor Duarte Marceneiro, no seu blogue "Lisboa no Guiness".
Em 1964, Mariema estreou-se no teatro ABC, no Parque Mayer, como atracção na revista "É regar e pôr ao luar", iniciando uma longa carreira nos palcos.
"Ai venham vê-las", também no ABC - onde fez a sua primeira rábula, "Gémeas", contracenando com Fernanda Borsatti -, e "Sopa no Mel", no Teatro Maria Vitória, para onde transitou depois do ABC, foram outras das revistas em que actuou.
No teatro Variedades, Mariema entrou no elenco da revista "A Ponte a Pé", e o sucesso fez com que, a partir daqui, e durante três temporadas, tenha feito dupla com José Viana. Em 2015, regressou ao Variedades, para fazer "Quer... é Parque Mayer".
No final de 2014, na celebração dos seus 50 anos de carreira, Mariema foi homenageada no Montijo, no espetáculo "É Revista, com certeza", em que actuou.
As últimas actuações de Mariema passaram igualmente por programas de televisão, como a série "Conta-me como foi", e por participações em filmes como "Refrigerantes e Canções de Amor", de Luís Galvão Teles, "Axilas", de José Fonseca e Costa, e "Os Gatos Não Têm Vertigens", de António-Pedro Vasconcelos.
Foi na revista "Pão, Pão, Queijo, Queijo..." que Mariema se afirmou como uma das actrizes mais originais do teatro português, como recorda uma nota biográfica dos Artistas Unidos, companhia dirigida por Jorge Silva Melo, que a escolheu para duas peças, na primeira década de 2000: "Seis personagens à procura de autor", de Luigi Pirandello, e "Sangue Jovem", de Peter Asmussen.
Na peça de Pirandello, em 2009, encenada por Silva Melo, Mariema contracenou com Lia Gama e João Perry, numa versão que subiu ao palco do Teatro Municipal S. Luiz, em Lisboa.
"Sangue Jovem", de Peter Asmussen, foi encenada por Silva Melo, em versão radiofónica, para a Antena 2. Lurdes Norberto, Amélia Videira e Rúben Gomes completaram o elenco.
As produções televisivas "Ouro negro" (2017), "Santa Bárbara" e "Massa fresca" (2016), "Sol de Inverno" (2013), "Velhos amigos" e "Os compadres" (2011), "Liberdade 21" (2009) e "Morangos com Açúcar" (2008) contaram igualmente com o desempenho de Mariema.
Velório da actriz Mariema realiza-se na terça-feira em Lisboa
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