"O acionista anunciou a venda do nosso edifício e a aquisição parcial da nossa marca pela sociedade 'holding' sediada no Luxemburgo. Já estão em marcha uma série de reduções de custos que estão a piorar as nossas condições de trabalho e a agravar ainda mais o problema da falta de pessoal", alertou a intersindical.
Os trabalhadores da Euronews irão realizar uma greve na quinta-feira para protestar contra "medidas de redução de custos", a "deterioração das condições de trabalho", a "ameaça aos postos de trabalho" um possível desmantelamento da redação em Lyon.
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Num comunicado divulgado esta terça-feira, a intersindical que representa os trabalhadores da Euronews adiantou que cerca de 170 empregados do canal "reunidos numa assembleia geral a 26 de janeiro votaram a favor de um primeiro dia de greve a 2 de fevereiro para protestar contra as primeiras medidas de redução de custos, a consequente deterioração das condições de trabalho, a ameaça aos postos de trabalho" de "600 empregados (permanentes, a termo certo, independentes e ocasionais)" e um "possível desmantelamento" da redação multilingue em Lyon, França.
"Este ano, a Euronews celebra o seu 30.º aniversário", lê-se na mesma nota. "Infelizmente, na sede da Euronews SA em Lyon, o estado de espírito não é de festa e champanhe. Ainda temos de lutar para preservar a nossa "Torre Babel de Informação Europeia" e os nossos empregos", referiram os sindicatos.
Segundo o comunicado, quando a Alpac, a nova acionista do canal, entrou no grupo, "prometeu investir" na empresa "para a tornar rentável". No entanto, "sete meses após a aquisição, a Direção ainda não comunicou as suas orientações estratégicas. Embora a apresentação destas esteja prevista para a semana de 27 de fevereiro, as decisões e ações já foram anunciadas, suscitando muitas preocupações e questões".
"O acionista anunciou a venda do nosso edifício e a aquisição parcial da nossa marca pela sociedade 'holding' sediada no Luxemburgo. Já estão em marcha uma série de reduções de custos que estão a piorar as nossas condições de trabalho e a agravar ainda mais o problema da falta de pessoal", alertou a intersindical.
Na mesma informação, relevou que "numa reunião solicitada pelos três delegados do sindicato, Pedro David Vargas, do fundo de investimento Alpac", disse que "a sede permanecerá em Lyon, mas não sabemos quem estará lá" e que "as línguas europeias trabalharão a partir de redações nas capitais europeias".
Assim, "os representantes do pessoal solicitaram a realização de um CSE (reunião da Comissão de Trabalhadores) extraordinário com o objetivo de obter respostas às muitas questões relativas ao futuro da empresa e dos seus empregados, particularmente no que diz respeito a uma possível relocalização. Durante esta reunião, a Direção não deu qualquer indicação do seu plano estratégico; contudo, não negou as informações sobre uma possível deslocalização ou um possível plano social".
A intersindical recordou que a Euronews começou a emitir em Lyon "porque era a cidade que oferecia as melhores condições para acolher o canal, que foi então lançado em cinco línguas".
Há doze anos, além "da sua redação multilingue em Lyon, a Euronews criou uma redação multilingue em Bruxelas para produzir programas em direto com várias personalidades políticas e económicas, particularmente da Europa; em 2018 foram criados postos de correspondentes em algumas das principais capitais europeias: Paris, Berlim, Roma e Londres", refere.
A estrutura sindical teme um plano de despedimentos, garantindo que isto poderá marcar o fim do "famoso 'ADN europeu'" do canal.
Os trabalhadores irão concentrar-se em frente à sede da Euronews, em Lyon, na quinta-feira.
ALYN // CSJ
Lusa/Fim
Trabalhadores da Euronews em greve na quinta-feira contra redução de custos
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