Jogo entre arsenalistas e "encarnados" ficou marcado por momentos de tensão e violência. Sp. Braga não poupa postura da polícia
O Sporting de Braga defende que a responsabilidade dos acontecimentos antes e depois do jogo com o Benfica, domingo, da 22ª jornada da I Liga, deveu-se à "tremenda incapacidade revelada pelos dispositivos policiais". "A imagem que resulta da organização do encontro sai desfocada pela gravidade dos acontecimentos ocorridos antes e depois do jogo e que o Sporting de Braga tem de imputar, muito directamente, à tremenda incapacidade revelada pelos dispositivos policiais no controlo dos espaços e das operações", pode ler-se num comunicado da SAD minhota.
Segundo os responsáveis bracarenses, "a operação policial montada para o jogo de ontem (domingo) cometeu um erro crasso e imperdoável: foi reactiva e não preventiva". "Não esteve à altura dos desafios que um evento desta natureza levanta, o que levou a que negligenciasse o controlo e a monitorização dos espaços circundantes ao Estádio Municipal de Braga, agindo tardiamente e a despropósito, abusando da força quando já não podia mediá-la", prossegue.
O Sporting de Braga diz ainda "lamentar ter de chegar, pela enésima vez, a esta conclusão: a de que a Polícia de Segurança Pública, tão zelosa nos dispositivos que exige para o interior do estádio e que tanto oneram os clubes, se revele tão negligente na protecção do espaço público, esse sim da sua exclusiva responsabilidade e que, no caso concreto dos jogos de futebol, em tanto contribui para o clima que rodeia o espectáculo desportivo".
A SAD liderada por António Salvador "reconhece às forças policiais a missão de conter os excessos dos adeptos, mas questiona as estratégias delineadas e que privilegiam o controlo pela força e não pela presença". "O dispositivo policial não teve a capacidade de mediar os conflitos, restando-lhe carregar indiscriminadamente sobre a multidão, e em particular sobre os nossos adeptos, gerando o pânico e transformando um momento de celebração entre amigos e família num episódio lamentável e que afasta público dos estádios", critica.
O comunicado termina afirmando que o Sporting de Braga "não deixará nunca de fazer a defesa dos seus adeptos" e "não tolerará abusos gratuitos da força nem que em torno dos seus jogos se gere um clima de pânico e de terror". "O Sporting de Braga reconhece a função das forças policiais e a sua dificuldade, mas exige que os espaços em redor do seu estádio e dos estádios onde joguem as suas equipas sejam espaços onde impere a ordem e não o caos", lê-se.
Contactada pelaLusa, a PSP de Braga disse não conhecer ainda o teor do comunicado e reservou para mais tarde uma eventual reacção.
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