Presidente da Assembleia da República não pediu desculpas à Iniciativa Liberal, mas "aos representantes dos órgãos de soberania e demais personalidades que foram escutadas ilegitimamente".
O presidente da Assembleia da República considerou hoje que o vídeo captado no parlamento no dia 25 de abril foi uma "flagrante violação de direitos", pedindo desculpa aos envolvidos, e anunciou a abertura de um processo de averiguações.
António Pedro Santos/LUSA
"Hoje de manhã determinei a abertura de um processo de averiguação para averiguar em que condições foram recolhidas aquelas imagens, captado aquele som, e em que condições foi colocado ao conhecimento público aquele vídeo, para que se saiba quem fez e quem autorizou", anunciou Augusto Santos Silva, depois de interpelado pela IL e pelo Chega sobre o assunto no início da reunião plenária.
O presidente da Assembleia da República considerou que as imagens e o som foram captados "em flagrante violação dos direitos e liberdades mais fundamentais das personalidades que foram vítimas dessa operação".
"Eu tenho um pedido de desculpas a fazer, convicto e veemente, um pedido de desculpas em nome do parlamento aos representantes dos órgãos de soberania e demais personalidades que foram escutadas ilegitimamente nesta casa há 48 horas", afirmou Augusto Santos Silva.
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Marcelo, Santos Silva e Costa apanhados em vídeo a comentar 'ralhete' ao Chega
Em causa está um vídeo divulgado nas últimas horas, captado pelo Canal Parlamento entre a cerimónia de boas-vindas ao Presidente do Brasil e a sessão solene comemorativa do 25 de Abril.
No vídeo, Santos Silva surge sorridente a contar o incidente com o Chega durante o discurso de Lula da Silva, numa roda em que estão também o chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, o primeiro-ministro, António Costa, e o secretário-geral do parlamento, Albino Azevedo Soares, entre outros.
Naquele momento, o presidente do parlamento afirmou que "aquilo que a Iniciativa Liberal decidiu fazer [na sessão com o Presidente brasileiro, Lula da Silva], não é nada" porque "há sempre quem faça pior".
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Ficaram por ali hora e meia a duas horas, comendo e bebendo, até os algemarem, encapuzarem e levarem de novo para as celas e a rotina dos interrogatórios e torturas.
Já muito se refletiu sobre a falta de incentivos para “os bons” irem para a política: as horas são longas, a responsabilidade é imensa, o escrutínio é severo e a remuneração está longe de compensar as dores de cabeça. O cenário é bem mais apelativo para os populistas e para os oportunistas, como está à vista de toda a gente.