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As notícias da morte do jornalismo foram muito exageradas. Estranhamente, vive e até se recomenda.
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Durante a última sessão do julgamento antes das férias judiciais, Sócrates falou do TGV, casas da Venezuela, da relação com Carlos Santos Silva e de como viveu dois anos sem salário.
Permanece a ideia insustentável, sibilina, de uma manipulação sombria da justiça contra Sócrates, contra o que ele poderia representar.
José Paulo era o principal herdeiro do património de uma offshore de Santos Silva, em caso de morte do amigo de Sócrates.
O antigo primeiro-ministro apresentou-se com uma atitude combativa perante a juíza, mas a magistrada respondeu sempre com assertividade.
Arranca esta quinta-feira o julgamento da Operação Marquês depois de mais de uma década desde o início da investigação e oito anos depois da acusação sair.
O socialista não vai ser candidato a Belém por sentir que a sua candidatura seria divisiva e não agregadora e apela a uma candidatura vinda da sociedade civil.
Depois de uma década a sabotar o seu processo, Sócrates foi à cidade errada queixar-se da sabotagem do seu processo.
A Operação Marquês é uma autópsia fina e implacável do que tem sido a gestão de uma parte do poder político e económico em Portugal.
Parece que desta vez é que é: o antigo primeiro-ministro começa a ser julgado por suspeitas de corrupção, num julgamento que vai ressuscitar os acordos com a Venezuela, a antiga Portugal Telecom e a ascensão do Grupo Lena.
"Foi a gota de água que me levou a decidir por uma queixa no Tribunal Europeu dos Direitos Humanos. É demais", disse José Sócrates, em conferência de imprensa.
O comunista foi deputado em 11 legislaturas e é uma das figuras mais consensuais do partido. Mas as suas posições valeram-lhe algumas críticas ao longo dos anos.
A primeira sessão da Operação Marquês está marcada para dia 3 de julho no Tribunal Central de Instrução Criminal.
O antigo presidente da Assembleia da República referiu que "as três candidaturas até agora formalmente apresentadas não esgotam nem o espaço político nem as propostas e perfis que devem estar representados".
A juíza defendeu ainda, esta quarta-feira, que o processo seja junto ao caso principal, cujo julgamento arranca a 3 de julho deste ano.
José Sócrates e o empresário Carlos Santos Silva respondem neste processo pela alegada prática, em coautoria, de três crimes de branqueamento de capitais e de falsificação de documento, por atos entre 2011 e 2014.