Ministro dos Negócios Estrangeiros russo disse que "não é possível falar de uma competição justa" perante uma "tentativa grosseira de alguns países de macular o nosso país". Para Serguei Lavrov outros participantes "consideraram melhor agir descaradamente de má-fé do que competir entre iguais".
A Rússia retirou esta segunda-feira a candidatura de Moscovo à Exposição Mundial de 2030, em que um dos concorrentes é a cidade ucraniana de Odessa, alegando que será prejudicada pela "campanha antirrussa" do Ocidente.
Em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo disse que a candidatura de Moscovo à Expo 2030 "não pode esperar uma avaliação justa e imparcial" face às de Odessa, Roma (Itália), Riade (Arábia Saudita) e Pusan (Coreia do Sul).
"Devemos notar que a última vítima da campanha antirrussa em grande escala lançada pelo Ocidente para expulsar o nosso país de todas as áreas de cooperação é o movimento de exposição universal", disse a diplomacia russa, segundo a agência espanholaEFE.
A Rússia está a ser alvo de sanções internacionais por ter invadido a Ucrânia, em 24 de fevereiro, que levaram ao afastamento do país de diversos eventos e de várias organizações.
"É evidente que a candidatura de Moscovo à Expo 2030, em relação aos outros quatro candidatos, não pode esperar uma avaliação justa e imparcial, quaisquer que sejam as suas indubitáveis vantagens", comentou.
O ministério liderado por Serguei Lavrov considerou que a decisão não terá em conta as "indubitáveis vantagens" da candidatura de Moscovo.
"Não há dúvida de que a pressão sobre a Rússia e os nossos aliados é mais uma tentativa grosseira de alguns países de macular o nosso país. Alguns consideraram melhor agir descaradamente de má-fé do que competir entre iguais", disse.
A Rússia espera que no "futuro próximo", o movimento que organiza a Expo regresse às suas origens, quando a política não desempenhava qualquer papel, e crie as condições para que a Rússia aspire a acolher o evento internacional.
O primeiro-ministro russo, Mikhail Mishustin, enviou uma carta ao diretor-geral do Gabinete de Exposições Internacionais, Dimitri Kerkentzes, informando-o da decisão de Moscovo na sequência da politização do processo de escolha.
"Chegou o momento de realizar a Expo em Moscovo", lê-se no 'site' oficial da candidatura da capital da Rússia, um país que nunca acolheu a Exposição Mundial.
A próxima Expo terá lugar em Osaca (Japão), de 13 de abril a 13 de outubro de 2025, dedicada ao tema "Conceber a sociedade do futuro, imaginando a nossa vida de amanhã".
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