"A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa vive do jogo dos portugueses em todo o território nacional e os únicos territórios onde deixa alguma migalha é nos Açores e na Madeira", criticou o autarca.
O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, criticou hoje a "centralização" de verbas dos jogos sociais pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e instou os partidos políticos a discutirem a matéria no Parlamento.
"A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa vive do jogo dos portugueses em todo o território nacional e os únicos territórios onde deixa alguma migalha é nos Açores e na Madeira", afirmou hoje Rui Moreira, durante a sessão extraordinária da Assembleia Municipal do Porto.
Os apelos dos eleitos municipais para que o executivo reforçasse o apoio às Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS), no âmbito da discussão em torno do programa municipal "Estamos Juntos", levaram Rui Moreira a considerar "uma vergonha" os partidos políticos com assento no Parlamento "não terem reagido" à carta enviada pelo município a propósito da distribuição equitativa das verbas dos jogos sociais.
"Façam o favor de perguntar no Parlamento porque é que as verbas do jogo não são distribuídas equitativamente pelo país", instou o autarca independente, destacando que o jogo "é um malefício que tributa principalmente os mais pobres" e que esta matéria é "uma guerra" que "vai deixar feridos".
Defendendo que a "única vantagem" dos jogos sociais assenta na capacidade de "gerar receitas que podem ser distribuídas", o autarca teceu novamente críticas à atuação da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.
"Aqui [no Porto] sabem quanto é que recebemos da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa? Zero", afirmou Rui Moreira, criticando ainda a forma "escandalosa" como a instituição "fomenta o jogo" nas suas publicidades.
"Só se lembram do interior numa altura, quando a propósito do euro milhões querem gozar as pessoas que vivem no interior pela forma como falam (...) Ainda por cima, a forma como a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa fomenta o jogo é verdadeiramente escandalosa", acrescentou.
Os eleitos da Assembleia Municipal do Porto aprovaram hoje, por unanimidade, o programa "Estamos Juntos" que, destinado à população idosa que vive em situação de isolamento, visa diminuir o isolamento e promover o bem-estar.
Aos deputados, o presidente da câmara relevou ainda a intenção do município criar, em 2023, uma comissão de proteção de apoio ao idoso para "melhor responder às questões do isolamento social".
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