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Roberto Leal, o cantor que experimentou a política, o cinema e a televisão

Em São Paulo, após trabalhar como sapateiro, vendedor de doces e feirante, iniciou seu trabalho com a música e gravou o seu primeiro disco em 1970.

O cantorRoberto Leal, que morreu hoje aos 67 anos, dividiu a sua carreira entrePortugale o Brasil, mas teve ainda passagens na política, no cinema e na televisão.

O cantor Roberto Leal - nome artístico de António Joaquim Fernandes- nasceu em Portugal Vale da Porca, concelho de Macedo de Cavaleiros, em Trás os Montes, de onde em 1962 emigrou aos onze anos para o Brasil, com os pais e os nove irmãos.

Em São Paulo, após trabalhar como sapateiro, vendedor de doces e feirante, iniciou seu trabalho com a música e gravou o seu primeiro disco em 1970.

Um ano depois, alcançou o seu primeiro grande êxito com "Arrebita" e teve a sua primeira experiência na televisão brasileira, vindo a repeti-la em 2011, em Portugal, ao participar no programa daRTP"O Último a Sair".

"Arrebenta a Festa" foi o último disco editado em 2016 de uma discografia com mais de 50 discos.

Vendeu mais de 17 milhões de discos, conseguiu 30 Discos de Ouro e cinco de platina e ganhou vários prémios, entre os quais o Troféu Globo de Ouro, da TV Globo, em 1972.

Em 1979, protagoniza o filme "O Milagre -- o Poder da Fé", uma história autobiográfica sobre a sua família e o culto pela fé.

Em 2011, publicou a sua autobiografia em Portugal e no Brasil.

Roberto Leal passou também pela política. Em 2018, candidatou-se a deputado estadual em São Paulo pelo Partido Trabalhista Brasileiro.

Em Portugal, aderiu ao PSD em 1991 e deu espetáculos durante a campanha para as eleições legislativas de 1991 e participou em comícios nas de 1995.

A sua carreira foi repartida entre Portugal e o Brasil, onde reside, apresentando-se como embaixador da cultura portuguesa no Brasil.

Deu também espetáculos em todas as comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo.

Desde há dois anos enfrentava um cancro e ficou com problemas de visão e cegueira no olho direito devido aos tratamentos de radioterapia.

A luta que travava e o facto de ser considerado embaixador da cultura portuguesa no Brasil levou o Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa a deixar-lhe uma mensagem num programa de entretenimento da RTP.

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