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Primeiro dia de campanha marcado por choque entre PCP ao BE

19 de setembro de 2017 às 21:19
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O primeiro dia oficial de campanha ficou marcado pela resposta do PCP ao BE sobre o trabalho dos comunistas nas autarquias e pela proposta do líder do PSD de introduzir mudanças na lei da imigração

O primeiro dia oficial de campanha ficou marcado pela resposta do PCP ao BE sobre o trabalho dos comunistas nas autarquias e pela proposta do líder do PSD de introduzir mudanças na lei da imigração.

O líder do PCP, Jerónimo de Sousa, iniciou hoje a campanha eleitoral para as autárquicas de 1 de Outubro em defesa dos autarcas e do trabalho desenvolvido localmente, contrariando a ideia expressa na véspera pela coordenadora do BE, Catarina Martins.

"Aos que por ignorância ou verbalismo atiram pedras para o ar, podemos assegurar que os eleitos da CDU nunca faltaram, em maioria ou minoria, à defesa dos interesses dos trabalhadores e das populações", afirmou Jerónimo de Sousa.

Catarina Martins chocada com autarcas

A coordenadora do BE, Catarina Martins, mostrara-se na segunda-feira "absolutamente chocada" com o "silêncio cúmplice" da generalidade das autarquias enquanto eram destruídos os serviços públicos, garantindo que os bloquistas concorrem às eleições locais também para mudar esta realidade.

Jerónimo de Sousa, elogiando a tradição de "trabalho, honestidade e competência" dos responsáveis locais eleitos pela CDU, afirmou ainda que "o pior cego é o que não quer ver" em relação a "esses concorrentes" que "vêm atacar as autarquias".

O tema levou também o presidente dos Autarcas Social Democratas e candidato do PSD à Câmara da Guarda, Álvaro Amaro, a dizer que não estranha a posição do BE: "já nos habituámos à esquerda portuguesa, e em particular à esquerda que condiciona a governação de Portugal, protagonizada pela doutora Catarina Martins, a procurar omitir as fragilidades da sua co-governação atacando os outros partidos."

Passos Coelho pede lei da imigração mais apertada

Outro assunto que motivou reacções foi a proposta do líder do PSD, Pedro Passos Coelho, que, em campanha no Minho, disse que o partido pondera pedir, no parlamento, a alteração legislativa das mudanças introduzidas na lei da imigração, de forma a torná-la "menos arriscada" para o país.

ODiário de Notíciasrevelou hoje que disparou o número de imigrantes a requerer ao Serviço de Estrangeiros e Fronteiras autorização de residência em Portugal, de acordo com o novo regime que abriu mais possibilidades de legalização.

"Eu chamei a atenção para os riscos que estas alterações introduzidas nas leis da imigração podiam trazer para o país em termos de segurança", recordou, lembrando que foi criticado pela "generalidade dos partidos que apoiam o Governo".

Para o líder social-democrata, "os dados que hoje vêm a público indicam que poderá estar a registar-se um efeito de chamada com essas alterações e esses efeitos de chamada são arriscados".

António Costa acusa oposição de estar mal informada

A posição de Passos Coelho mereceu uma resposta por parte do primeiro-ministro e líder socialista.

António Costa disse em Nova Iorque aos jornalistas que a única explicação "bondosa" que encontra para as críticas do presidente do PSD à lei da imigração é a de que "está mal informado" e afastado da linha tradicional dos sociais-democratas.

A secretária-geral adjunta do PS, Ana Catarina Mendes, falou também das críticas do presidente do PSD à lei da imigração, que ouviu com "perplexidade".

No primeiro dia de campanha, na Maia, a coordenadora do BE optou por pedir os "valores concretos do alívio fiscal" que será consagrado no Orçamento para 2018, mostrando-se satisfeita por o Governo concordar que o esforço se deve concentrar nas famílias mais penalizadas pelo anterior executivo.

Na segunda-feira, o ministro das Finanças, Mário Centeno, disse pretender que a folga orçamental existente para mexer nos escalões do IRS seja totalmente usada para os contribuintes de rendimentos mais baixos, ideia que a líder do BE, Catarina Martins, tinha defendido de manhã.

As 10 lições de Zaluzhny (I)

O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.