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PP e Ciudadanos chegam a acordo para presidência do Congresso

As novas Cortes são investidas esta terça-feira em Madrid, tendo o PP e o Ciudadanos chegado a acordo para ficarem com a presidência e quatro lugares na Mesa do parlamento

Pode estar mais perto do fim a crise política em Espanha: as novas Cortes são investidas esta terça-feira em Madrid, tendo o PP e o Ciudadanos chegado a acordo para ficarem com a presidência e quatro lugares na Mesa do parlamento, apesar de não terem a maioria absoluta. Este acordo pode vir a ser um desbloqueador nas negociações para se formar um parlamento, depois da vitória sem maioria absoluta do partido da direita. 

O presidente do PP, Mariano Rajoy, e o líder dos Ciudadanos, Albert Rivera, concordaram em dividir cinco dos nove lugares na Mesa do Congresso: três para o PP, entre eles o de presidente, e dois para o Ciudadanos. Segundo a imprensa espanhola, ainda não estão confirmados os nomes que irão ocupar estes lugares no órgão que faz a gestão dos trabalhos dos 350 deputados do Parlamento espanhol.

Os nove lugares da Mesa ficariam assim distribuídos, com três para o PP, o que inclui a presidência, e dois para cada um dos restantes partidos mais importantes (PSOE, Unidos Podemos e Ciudadanos).

O Ciudadanos é o único partido que, até agora, admitiu abster-se para deixar passar um governo minoritário, depois das eleições de 26 de junho último em que o PP obteve 33% dos votos e 137 dos 350 lugares no Congresso dos Deputados.

A escolha do presidente do Congresso dos Deputados é feita por uma maioria absoluta dos membros da instituição. Caso não haja essa maioria absoluta, haverá uma segunda votação entre os dois deputados mais votados. As eleições dos quatro vice-presidentes realiza-se através de uma única votação, com a eleição dos quatro mais votados e os quatro secretários serão eleitos da mesma forma.

O PP negociou com o único partido (Ciudadanos) que, até agora, admitiu abster-se na investidura do futuro governo espanhol liderado por Mariano Rajoy.

O PP foi o partido mais votado nas eleições de 26 de junho, com 137 deputados, mais 14 que nas legislativas de dezembro, mas longe dos 176 mandatos que dão a maioria absoluta no congresso espanhol.

O PSOE ficou em segundo lugar, com 85 assentos (90 em dezembro), enquanto a aliança de esquerda Unidos Podemos (uma aliança entre partidos de extrema esquerda que inclui o Podemos) ficou em terceiro e elegeu 71 deputados, com o Ciudadanos a conseguir 32 assentos.

As Cortes espanholas são formadas por duas câmaras, o Congresso dos Deputados (câmara baixa) e o Senado (câmara alta), tendo sido estabelecida a superioridade legislativa da primeira câmara sobre a segunda.

Poucos dias depois da sessão constitutiva de terça-feira, mas sem prazo definido, o rei de Espanha, Filipe VI, iniciará as consultas com os partidos para, em seguida, fazer uma proposta de candidato a assumir a presidência do governo.

Mariano Rajoy indicou na semana passada que deverá haver uma primeira votação de investidura do futuro governo a 03 de agosto e uma segunda votação dois dias depois, se na primeira votação não conseguir uma maioria absoluta.

As 10 lições de Zaluzhny (I)

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