As forças de segurança mexicanas submetem regularmente as mulheres detidas a abusos sexuais para obter confissões, revela um relatório da Amnistia Internacional
A organização não-governamental, com sede em Londres, inquiriu 100 mulheres encarceradas em prisões do México e todas declararam ter sido objeto de formas de assédio sexual ou de abusos psicológicos durante a sua detenção e na fase de interrogatório.
Segundo a Amnistia, "72 afirmaram ter sido agredidas sexualmente durante a sua detenção ou nas horas que se seguiram. Trinta e três disseram ter sido violadas".
"Quando falamos de violência contra a mulher, o método preferido do Estado [mexicano] é a violência sexual. Foi uma descoberta surpreendente", comentou Madeleine Penman, autora do relatório, à agência AFP.
"Aquilo que as mulheres descrevem oferece uma visão chocante da prevalência da tortura contra as mulheres no México", afirmou Erika Guevara-Rosas, directora para as Américas da Amnistia Internacional.
Segundo a mesma responsável, "a violência sexual utilizada como forma de tortura parece estar banalizada durante os interrogatórios".
De acordo com a organização de defesa dos direitos humanos, a maioria das reclusas afirmou ter sofrido "agressões sexuais, espancamentos, choques eléctricos ou apalpões durante a detenção e interrogatório".
Das 100 mulheres entrevistadas, 70 assinalaram ter relatado as agressões a um juiz ou a outros representantes do Estado, mas só foram abertas investigações em 22 casos, indica o documento que detalha que "ninguém foi acusado".
A grande maioria das mulheres foi acusada de infracções relacionadas com o crime organizado ou droga. "Muitas delas vêm de famílias pobres, o que faz com que tenham menos possibilidades de ter uma defesa digna desse nome", sublinha a Amnistia.
Polícia mexicana acusada de abusar sexualmente de reclusas
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