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PJ deteve quatro pessoas e apreendeu obras de arte em operação europeia

Património cultural apreendido no valor de 150.000 euros, entre os quais se conta uma pintura de Almada Negreiros. Operação europeia "Pandora V"envolveu 31 países.

A Polícia Judiciária deteve quatro pessoas e apreendeu património cultural num valor de 150.000 euros, entre ele uma pintura de Almada Negreiros, num conjunto de ações integradas na operação europeia "Pandora V", foi esta terça-feira anunciado.

Em comunicado, a PJ refere que as ações integradas na operação "Pandora V", coordenada pela Europol e dirigida ao combate à atividade criminosa de furto, tráfico e viciação de obras de arte e bens culturais, decorreram no ano passado em 31 países europeus.

Além da pintura de Almada Negreiros, foi apreendido um documento peruano do sec. XVI e uma pintura em madeira (139x90cm) do pintor Diogo Contreiras (1500-1560) e foi ainda recuperado um painel de azulejos do Sec. XVII "A adoração dos pastores", que tinha sido furtado de uma capela privada.

Ao longo da operação foram feitas diversas apreensões em alguns dos países envolvidos.

"No cumprimento das suas competências reservadas, a Polícia Judiciária irá prosseguir as investigações necessárias nos diversos inquéritos criados, com vista ao esclarecimento da mencionada atividade delituosa no nosso País", refere a nota da PJ.

Segundo a Europol, no total foram apreendidos mais de 56.400 bens culturais e detidas 67 pessoas.

Entre o património apreendido encontram-se objetos arqueológicos, móveis, moedas, pinturas, instrumentos musicais e esculturas.

Foram igualmente feitas dezenas de milhares de verificações e inspeções em diversos aeroportos, portos, pontos de passagem de fronteira, bem como em casas de leilão, museus e residências particulares, que resultaram na abertura de mais de 300 investigações.

A operação "Pandora V", que contou igualmente com a cooperação da Interpol, decorreu entre 01 de junho e 31 de outubro de 2020.

Editorial

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