NEWSLETTER EXCLUSIVA PARA ASSINANTES Novidades com vantagens exclusivas: descontos e ofertas em produtos e serviços; divulgação de conteúdos exclusivos e comunicação de novas funcionalidades. (Enviada mensalmente)
"Se calhar a surpresa é o Chega, porque foi assim que fizeram também nos Açores", afirmou candidato à liderança do PS.
O candidato a secretário-geral do PS Pedro Nuno Santos disse hoje que o Chega pode ser "a surpresa" na coligação pré-eleitoral à direita admitida pelo líder do PSD, Luís Montenegro.
Miguel A. Lopes/Lusa
Em entrevista à SIC, o presidente dos sociais-democratas afirmou que o partido está "aberto a dialogar e ponderar" coligações pré-eleitorais com o CDS-PP e PPM e, sobretudo, a abrir as listas a independentes, admitindo até "algumas surpresas".
"Se calhar a surpresa é o Chega, porque foi assim que fizeram também nos Açores. Prometeram sempre que não iam fazer nenhuma aliança com o Chega, mas depois fizeram quando ganharam as eleições sem maioria", disse Pedro Nuno Santos aos jornalistas em Beja, após um encontro com militantes.
O candidato socialista frisou ainda que o cenário de eleições antecipadas para o governo regional dos Açores é "a prova de que alianças entre diferentes partidos de direita não oferece estabilidade".
"Não ofereceu estabilidade na região autónoma dos Açores e não oferece estabilidade ao país", afirmou.
Pouco antes, no seu discurso perante mais de centena e meia de militantes numa unidade hoteleira de Beja, Pedro Nuno Santos afiançou que o aumento dos salários é "maior batalha [do país] nos próximos anos".
"Precisamos de dar um novo impulso e de resolver problemas que ainda persistem no país, desde logo nos serviços públicos, mas também do ponto de vista salarial, pois ainda não temos os níveis salariais a que o povo português tem direito", justificou o candidato.
Numa intervenção de quase 30 minutos, com os três líderes federativos do PS no Alentejo, Nelson Brito (Baixo Alentejo), Luís Dias (Évora) e Luís Testa (Portalegre), além dos autarcas de Aljustrel, Almodôvar, Castro Verde, Mértola, Odemira e Ourique, o ex-ministro das Infraestruturas lembrou a "trajetória de recuperação" do país iniciada em 2015, com a entrada em funções do governo de António Costa.
"Tivemos uma economia que cresceu sempre acima da média europeia desde 2015, entramos num processo de aproximação da média europeia e conseguimos criar mais de 600 mil postos de trabalho", assinalou.
Ao mesmo tempo, continuou, "os salários aumentaram, as pensões aumentaram e a despesa social aumentou", enquanto "a dívida pública foi baixando em cada um destes oito anos".
"Não temos de contrariar o que fomos fazendo, só temos de continuar a fazer o que sempre fizemos", disse o candidato do PS, para logo "atacar" as medidas anunciadas pelo PSD para os pensionistas.
"Hoje assistimos a um PSD com uma linguagem extremada, panfletária, radicalizada, mas ao mesmo tempo a tentar dirigir-se a uma parte do eleitorado que sempre maltrataram, os pensionistas", que "nunca contaram com o PSD para lhes aumentar as pensões e os rendimentos, antes pelo contrário", frisou.
Pedro Nuno Santos disse ainda que o debate político "não se divide entre radicais e moderados", mas sim "entre quem tem convicções e quem não tem convicções".
"Eu não sou radical moderado, eu tenho convicções", notou.
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
Trazemos-lhe um guia para aproveitar o melhor do Alentejo litoral. E ainda: um negócio fraudulento com vistos gold que envolveu 10 milhões de euros e uma entrevista ao filósofo José Gil.