Sábado – Pense por si

Parceiros sociais contestam críticas do FMI

António Saraiva, presidente da Confederação Empresarial de Portugal classifica declarações do FMI como "absurdas"

As dúvidas do FMI sobre as reformas que estão a ser aplicadas em Portugal caíram mal junto dos parceiros sociais, levando mesmo o presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP) a classificar as declarações como "absurdas".

 

"Por vezes fazem declarações absurdas", disse António Saraiva aos jornalistas, à saída de uma reunião com o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho para preparar o Conselho Europeu que vai ter lugar no final da semana.

 

O jornal Expresso noticiou no sábado que o Fundo Monetário Internacional (FMI) considera que o Executivo e os parceiros sociais desistiram das reformas e receia recuos na política económica que anulem os resultados da intervenção externa.

 

O dirigente da CIP realçou que os parceiros estão a promover e a fomentar as reformas estruturais em sede de concertação social e aconselhou os técnicos do FMI a terem "mais atenção ao que se passa" e a "não falar do que, por vezes, parecem desconhecer".

 

Também o presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), João Vieira Lopes, contestou os receios do FMI. "O FMI sempre teve uma visão politicamente ideológica sobre o modo como se deve alterar a economia e a sociedade e aplica a mesma receita a todos os países. Não é o tipo de posições que achamos que mereça muita atenção", comentou. João Vieira Lopes sublinhou que as reformas se prolongam no tempo e têm de ser ajustadas à situação de cada país.

 

Para o secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, o FMI nem sequer conta com a confederação sindical. "O FMI não conta com a CGTP para essas reformas, nem agora, nem antes, nem no futuro", declarou, frisando que estas reformas pretendem apenas facilitar os despedimentos e baixar salários.

As 10 lições de Zaluzhny (I)

O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.