O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, anunciou hoje que recebeu uma carta do papa Francisco, a manifestar apoio ao diálogo na Venezuela
O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, anunciou ontem que recebeu uma carta do papa Francisco, a manifestar apoio ao diálogo na Venezuela, que lhe foi entregue pelo secretário-geral da União de Nações da América do Sul (Unasul), Ernesto Samper.
"Ernesto Samper entregou-me uma carta do papa Francisco. Agradeço ao papa Francisco as ideias que me expressou nessa comunicação (...). O papa compromete-se com os diálogos de paz, muito obrigado pelas suas bênçãos", disse Maduro, durante o programa de rádio e televisãoEm Contacto Com Maduro.
A oposição venezuelana confirmou hoje que manteve duas reuniões de diálogo com o Governo de Nicolas Maduro, sem mediadores e de maneira privada, insistindo no entanto na sua luta pela realização de um referendo para revogar o mandato presidencial.
"A Mesa de Unidade Democrática [MUD, aliança que une a oposição] decidiu nomear uma comissão de alto nível para explorar, através de um eventual diálogo com o Governo, a implementação da única saída constitucional, pacífica e democrática para a crise do país, que é o referendo revogatório em 2016", lê-se num comunicado divulgado em Caracas.
O documento foi divulgado depois de o Presidente Nicolás Maduro anunciar que, há alguns dias, manteve conversações com alguns dirigentes da oposição, sobre as quais estão informados os ex-líderes do Governo espanhol José Luís Rodríguez Zapatero, do Governo do Panamá Martín Torrijos (Panamá) e do Governo da República Dominicana Leonel Fernández, que são mediadores entre Executivo e oposição da Venezuela.
"A posição da MUD é unívoca: o povo venezuelano tem o direito de activar e realizar o referendo revogatório em 2016 como um mecanismo constitucional que dê lugar à mudança política para acabar com a fome, a escassez e a morte, e vamos defender esse direito, na rua e nos debates ou diálogos que sejam necessários", afirma a oposição, no mesmo comunicado.
Segundo a MUD, foi marcado um terceiro encontro "que não ocorreu porque o Governo decidiu não apresentar-se, sem dar explicações".
"Vamos exigir, em todos os espaços, o respeito pela decisão de sair da crise de maneira pacífica e democrática, mediante a celebração do referendo revogatório este ano. Temos defendido esta posição em protestos, marchas, concentrações, foros internacionais e fá-lo-emos nos espaços em que tenhamos oportunidade de expressar-nos, incluindo reuniões com representantes dos poderes públicos", acrescenta.
No documento, a oposição sublinha que "a urgência é real", na Venezuela "há fome, pessoas a morrer por falta de medicamentos" e pela criminalidade que controla extensas zonas do país.
A MUD diz ainda que para solucionar a crise é preciso uma mudança profunda, "uma mudança de presidente, mas também de Governo, de modelo e de sistema", através de métodos "democráticos, eleitorais, pacíficos e constitucionais", sendo "indispensável implementar uma solução eleitoral imediata".
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