O deputado do PAN, André Silva, congratulou-se hoje com a aprovação da inclusão de uma opção vegetariana em todas as cantinas públicas do país, considerando que "é um dia histórico".

Em declarações à agência Lusa, André Silva afirmou que "é um dia histórico e um momento extremamente importante", porque se acabou com "mais uma discriminação".

"Esta é uma medida extremamente inclusiva" que vai incluir "uma série de pessoas", que eram discriminadas "por desrespeito às suas opções alimentares", adiantou o deputado.

Até agora, "o Estado tem sido um estado paternalista que serve refeições de uma forma padronizada, que nos diz o que temos que comer".

"A partir de agora há um respeito pelas liberdades de opção de cada um", disse André Silva, acrescentando que, com esta medida, "milhares de pessoas" vão deixar de ser excluídas, incluindo crianças e jovens.

Segundo o deputado, muitas crianças e jovens eram discriminados nas escolas pelos colegas por comerem comida diferente que traziam de casa.

O partido ecologista Os Verdes também se congratulou com conclusão do processo legislativo, lembrando o seu contributo para que "seja oferecida uma alternativa de ementa livre de produtos de origem animal nas cantinas públicas que garanta qualidade, equilíbrio e diversidade de nutrientes que proporcionem uma alimentação saudável".

O projecto de lei a defender a inclusão de um menu vegetariano nas cantinas e refeitórios das escolas, universidades, prisões e hospitais públicos foi apresentado há um ano pelo PAN, tendo sido seguido posteriormente por propostas do Bloco de Esquerda (BE) e do Partido Ecologista os Verdes (PEV).

Hoje, a Assembleia da República aprovou, em votação final global, um projecto de lei que resulta da fusão dos diplomas do PAN, BE e PEV para que se introduza um menu vegetariano nas cantinas públicas.

O texto de substituição da comissão de Agricultura e Mar teve a abstenção do PSD e do CDS e os votos favoráveis dos restantes partidos - PS, PCP, BE, PEV e do PAN - Pessoas-Animais-Natureza.

As propostas surgiram na sequência da "Petição pela inclusão de opções vegetarianas nas escolas, universidades e hospitais portugueses", que recolheu cerca de 15.000 assinaturas e que foi discutida em plenário em Junho de 2016.

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