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PAN avisa que vandalização de estátuas "jamais" ajudará a combater racismo

"Jamais obteremos uma resposta naquele que foi um ato absolutamente censurável como vandalizar a estátua do padre António Vieira", afirmou Inês Sousa Real.

O partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN) criticou hoje a vandalização "absolutamente censurável" da estátua do padre António Vieira, na quinta-feira, em Lisboa, um ato que "jamais" ajudará a combater o racismo.

"Jamais obteremos uma resposta naquele que foi um ato absolutamente censurável como vandalizar a estátua do padre António Vieira", afirmou, num comunicado, em vídeo, a líder parlamentar do PAN, Inês Sousa Real, um dia depois da vandalização da estátua, pintada com a palavra "coloniza", em tinta vermelha.

A deputada lamentou o "ato de vandalismo", um crime e "um atentado" ao "património histórico e cultural do país", assinalando ainda o erro histórico de vandalizar a estátua do padre jesuíta (1608-1697).   

"Assenta num erro profundo de desconsiderar aquela que foi a luta de padre António Vieira contra a forma como os escravos negros eram tratados no Brasil e eram tratados também os povos indígenas", afirmou Inês Sousa Real.

Além do mais, a deputada do PAN sublinhou que "não se combate qualquer forma de racismo, de violência, xenofobia com este tipo de atitudes", recusando que, apesar daquilo a que se assiste "globalmente", "deitar abaixo estátuas não é o caminho".

"Temos sim que apostar em politicas publicas que, de alguma forma, possam estudar e percecionar este tipo de fenómeno" e "combater também os abusos de poder e ou da autoridade", acrescentou.

É preciso, defendeu, construir "uma sociedade mais empática, de maior respeito em que se combatam também fenómenos como a pobreza, as diferenças e das desigualdades sociais e estruturais que ainda persistem".

Instalada no Largo Trindade Coelho, próximo da zona do Bairro Alto, a instalação da estatua do Padre António Vieira resultou de uma parceria entre a Câmara Municipal de Lisboa e a Santa Casa da Misericórdia, cuja sede se localiza naquele largo.

No dia da inauguração, a 22 de junho de 2017, o presidente da câmara, Fernando Medina, disse tratar-se de uma homenagem fundamental a "uma das maiores personalidades do pensamento" português até agora sem "a devida expressão de reconhecimento" na cidade.

No seguimento a morte do norte-americano George Floyd e das manifestações que se lhe seguiram, vários monumentos têm sido vandalizados e derrubados em cidades dos Estados Unidos, mas também na Europa, por serem associados ao racismo e a períodos da escravatura por alguns movimentos.

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