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ONU faz “apelo urgente” para “trégua humanitária” na Líbia face a escalada militar

07 de abril de 2019 às 15:31
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A ONU pede uma "trégua humanitária" de duas horas nos arredores do sul da capital, Tripoli, para retirar feridos e outros civis.

A missão da ONU na Líbia lançou este domingo um "apelo urgente" para uma "trégua humanitária" de duas horas nos arredores do sul da capital, Tripoli, para retirar feridos e outros civis, na sequenciada escalada militar dos últimos dias.

"A MANUL [missão da ONU na Líbia] apela a todas as partes armadas presentes na região de Wadi Rabi, al-Kayekh, Gasr Ben Ghashir e Al-Aziziya [a sul de Tripoli] para respeitarem uma trégua humanitária das 16h00 às 18h00 [menos uma hora em Lisboa] para permitir a retirada em segurança de feridos e de civis por equipas de socorro e pelo Crescente Vermelho líbio", lê-se num comunicado da missão.

As forças do marechal Khalifa Haftar, que se designam Exército Nacional Líbio, anunciaram hoje ter realizado um primeiro ataque aéreo nos arredores de Tripoli, que pretendem tomar ao Governo de União Nacional.

A esse anúncio seguiu-se uma declaração do Governo de União Nacional sobre o lançamento de uma "contra-ofensiva" em "todas as cidades" do país.

As declarações ocorrem numa altura em que se registam violentos combates a cerca de 50 quilómetros a sul da capital.

Haftar, que controla o leste e parte do sul do país, é acusado pelos rivais de querer tomar o poder pela força e instaurar uma ditadura militar.

As suas forças lançaram uma ofensiva surpresa contra a capital na quinta-feira e desde então pelo menos 23 pessoas morreram.

A Líbia vive uma situação de caos desde a revolução de 2011, que pôs fim ao regime de Muammar Kadhafi, com milícias rivais a lutarem pelo controlo do país, rico em petróleo.

O governo de unidade nacional, apoiado pela comunidade internacional, tem conseguido afirmar a sua autoridade na capital, Tripoli, mas não conseguiu sobrepor-se a um governo e parlamento rivais estabelecidos em Tobruk (leste), apoiados pela milícia do poderoso marechal Khalifa Haftar.

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